Lisboa talvez seja uma das cidades com mais gentílicos da Via Láctea. A Wikipedia dá uma lista longa: lisbonense, lisboano, olisiponense, ulissiponense, olisiponense, ulissibonense, ulixibonense, lisboês, lisbonino e, claro, o mais simpático de todos: alfacinha.
Para ajudar na solução deste mistério, o Gabinete de Estudos Olisiponenses (olisiponense = de Lisboa) enviou um grupo de documentos de sua vasta biblioteca. Deles, podem-se tirar as seguintes explicações
Os lisboetas comiam muita alface
Em 1943, Fernanda Reis publicou um artigo no Boletim do Grupo Amigos de Lisboa um artigo com o título Alfacinhas, em que saiu pela capital portuguesa perguntando sobre a razão do nome. “Explicaram-me que tal soubriquet (apelido) viera aos da capital por serem muito amigos de alfaces e por as comerem exageradamente”, escreveu ela.
As mulheres de Lisboa não se moviam muito, assim como a leguminosa
Diz Fernanda Reis, no mesmo texto: “Talvez se possa avaliar qualquer coisa de suas antepassadas que viviam como aves de estimação fechadas em casas-gaiola e só usavam de uma liberdade muito reduzida para ir à Igreja, para cumprir o dever de uma visita ou ainda para figurar na romaria devota de uma procissão”.