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Marcelo Odebrecht deixa o cargo de presidente da empresa da família

A Odebrecht S.A. informou em nota, nesta quinta-feira (10), que Marcelo Odebrecht, neto do fundador da empresa, Norberto Odebrecht, deixou o cargo de presidente da empresa. Marcelo está preso desde o dia 19 de junho deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a 19ª fase da Operação Lava Jato.

Ele é réu em dois processos oriundos das investigações sobre corrupção envolvendo a Petrobras. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Marcelo atuava em um cartel de empreiteiras, que definiam quem venceria licitações de obras da estatal. Além dele, outros executivos ligados à Odebrecht e subsidiárias também foram detidos.

Marcelo Odebrecht é acusado pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Atualmente, Marcelo Odebrecht está detido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O local abriga presos que têm curso superior, policiais acusados de crimes e pessoas com problemas de saúde.

Na nota, a Odebrecht S.A. afirma que Marcelo deixou o cargo na quarta-feira (9).  O conselho de administração da companhia formalizou o nome de Newton de Souza, como novo diretor-presidente da empresa. Além da holding Odebrecht S.A. Souza também vai comandar os conselhos de administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gas, Odebrecht Realizações Ambientais e Odebrecht Ambiental.

No texto, a empresa também afirma que considera injusta a prisão de Marcelo Odebrecht. “A Odebrecht acredita que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde”, diz trecho da nota.

Julgamento adiado
Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça retirou da pauta o julgamento de um pedido de habeas corpus para Marcelo Odebrecht e Márcio Faria, ex-executivo da companhia. A situação dos dois deve ser julgada na próxima semana.

Na mesma sessão, os ministros decidiram manter presos o presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo e do executivo da empresa Elton Negrão.

Os ministros também não aceitaram o pedido de habeas corpus feito pela defesa do publicitário Ricardo Hoffmann, que é réu em um dos processos da Lava Jato, envolvendo o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Em todos os casos, somente o relator dos pedidos, ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas,  votou para que eles fossem para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Ele não foi seguido pelos colegas. Todos devem permanecer em prisão preventiva no Paraná.

Leia a íntegra da nota da Odebrecht:

MARCELO ODEBRECHT FORMALIZA SEU AFASTAMENTO DA ODEBRECHT S.A.

Passados quase 6 meses de prisão e tendo em vista o andamento de seu processo judicial, Marcelo Odebrecht decidiu ontem formalizar seu afastamento da Presidência da Odebrecht S.A., bem como do cargo de Presidente dos Conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.

O Conselho de Administração da Odebrecht S.A. formalizou a nomeação de Newton de Souza, que segue como Diretor-Presidente da Odebrecht S.A. e Presidente dos Conselhos de Administração das empresas mencionadas.

A Odebrecht acredita que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde. A Odebrecht confia que ao final dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será formalmente reconhecida.

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