Tecido saiu pelo órgão genital um mês depois da vítima dar à luz.
Hospital em Itapetininga (SP), onde foi feito o parto, acompanha o caso.
Do G1 Itapetininga e Região
Uma jovem de 20 anos registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Itapetininga (SP) para denunciar um suposto caso de erro médico. A moradora procurou a delegacia depois de ter expelido pelo órgão genital um pedaço de tecido que, segundo ela, foi deixado pelo médico após dar à luz sua filha, há cerca de um mês.
De acordo com a mulher, após receber alta hospitalar com a criança, passou a sentir dores na barriga, inchaço e um mau cheiro quando ia ao banheiro. A jovem conta ainda que procurou atendimento na unidade de saúde do bairro onde mora, o Nova Itapetininga, e uma médica teria dito que os sintomas que sentia eram normais após um parto.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
Já na última quarta-feira (22), durante banho, a jovem percebeu algo estranho na genitália. Ao verificar, viu que era um pedaço de tecido. “Fui puxando porque percebi que tinha algo mais lá embaixo. Fui puxando até sair e vi que era um pano. Eu comecei a passar mal ao retirar o pano”, comenta.
Ela procurou a delegacia e registrou o boletim de ocorrência como lesão corporal culposa e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga. Ainda de acordo com a jovem, funcionários disseram informalmente à dona de casa que o laudo preliminar apontou infecção no útero. “Eu fico horrorizada porque poderia ser uma tesoura. Podiam ter esquecido coisa pior lá dentro. É uma coisa muito grave, eu acho”, afirma.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da da Sociedade Beneficente São Camilo, entidade que administra a unidade médica. Por meio de nota, o Hospital Regional informou que, ao tomar conhecimento do fato, imediatamente fez contato com a paciente para que a mesma retornasse ao hospital para investigação. Na quinta-feira (23), foram realizados exames e avaliações médicas que não constataram nenhum tipo de infecção ou de alteração nos exames que demonstrassem a presença de corpo estranho no organismo da paciente. A diretoria técnica e administrativa está de posse de todos os exames.
A Prefeitura informou que irá solicitar mais informações a Entidade Beneficente São Camilo e determinará abertura de apuração interna junto à Secretaria de Saúde com relação aos atendimentos realizados na unidade.
