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Dilma diz que não gosta da CPMF, mas não afasta “nenhuma fonte de receita”

Dilma diz que governo deve enviar ao Congresso proposta de fontes de receitas

Presidente não citou, todavia, fontes alternativas que governo considera para cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões em 2016

A presidente Dilma Rousseff se defendeu das críticas nesta quarta-feira (2) e disse que, ao enviar ao Congresso, a proposta orçamentária prevendo um déficit de R$ 30,5 bilhões para o próximo ano, o governo não estaria se isentando de resolver os problema das contas do país. Segundo a presidente, o governo “não fugirá da reponsabilidade de resolver a questão do déficit orçamentário”.

Dilma ainda não descartou possibilidade de governo enviar ao Congresso novas opções de receita
Lula Marques/ Agência PT

Dilma ainda não descartou possibilidade de governo enviar ao Congresso novas opções de receita

 

“Não queremos transferir esta responsabilidade para ninguém, nós queremos construir juntos”, disse Dilma após participar, no Palácio do Planalto, de uma recepção à Delegação Brasileira de WorldSkills 2015.

Dilma ainda não descartou a possibilidade de o governo enviar ao Congresso novas opções de receita. A presidente não descartou inclusiva a possibilidade de taxação de grandes fortunas. A presidente, no entanto, evitou comentar o teor das medidas que o governo vem pensando na área tributária.

“Não vou discutir nenhuma hipótese específica, o governo está aberto a todas as discussões. Estamos em uma fase que queremos construir uma proposta”, disse a presidente, que também acrescentou que a opção de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, a CPMF, não era uma opção que a agradava, embora o governo tenha lançado a ideia e depois recuado.

“Não gosto da CPMF. Acho que a CPMF tem suas complicações, mas não estou afastando a necessidade de fontes de receitas. Não estou afastando nenhuma fonte de receita, quero deixar isso claro para depois se houver a hipótese de a gente enviar esta fonte nós enviaremos”, disse Dilma.

A presidente voltou a defender o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que era contrário a medida tomada pelo governo, no entanto, foi voto vencido entre os demais auxiliares da presidente. Segundo Dilma, Levy não está “isolado” dentro do governo.

“Isolado de mim ele não está”, disse a presidente. Este debate de que ele está desgastado, que o ministro A não conversa com o ministro B, não contribui para o país.

“Nós somos um governo que debate e, a partir do momento em que tomamos uma decisão, esta decisão é de todos nós”, concluiu Dilma.

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