Imagens: Fabio Melo
A confusão começou do lado de fora entre manifestantes, seguranças à paisana e membros da guarda municipal, e se intensificou na porta do plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na zona Oeste, na manhã desta sexta-feira (24). Foram 5 minutos de gritaria, murros e chutes.
Nos últimos dias, ônibus do transporte coletivo foram incendiados. E na noite da última quinta-feira (23), empresas recolheram veículos. Os atos ocorreram após o anúncio do aumento da tarifa.
A guarda municipal impediu os manifestantes de entrar no plenário Adriano Jorge, na CMM, e usou spray de gás. O vereador Marcelo Serafim (PSB) disse que foi agredido e que já sabe quem é o culpado. Ele ainda destacou que a audiência pública não dará em nada, já que não vai trazer a tarifa ao valor antigo.
Dentro do plenário da Câmara, os vereadores tentavam entrar num consenso sobre a participação ou não dos manifestantes na audiência pública. Depois de muita conversa, eles acabaram entrando. A planilha foi apresentada, em cálculos e contas tão complexas que desmotivou o interesse de muitos vereadores que se refugiaram no celular, em conversas paralelas e até em leituras de jornais.
O vereador Chico Preto propôs uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (27) de carnaval. A intenção é desfazer o aumento da tarifa, usando o regimento da Casa. Ele segue o entendimento que em ocasiões extremas, os vereadores poderiam reverter decisões tomadas pelo Executivo.
A audiência, proposta pela 8ª Comissão de Transportes, Mobilidade Urbana e Obras Públicas da Câmara Municipal de Manaus (COMTMOP), estava marcada para começar às 9h. Já no plenário, estudantes estavam revoltados com o aumento da passagem de ônibus e gritavam palavras de ordem. A confusão já se estendia até às 11h30. Antes, eles arrancaram cartazes favoráveis ao prefeito da cidade, Artur Neto, que estavam fixados na frente da Casa Parlamentar.
A assessoria de imprensa da presidência da Câmara Municipal de Manaus informou, que os seguranças da Casa não agrediram estudantes e representantes dos movimentos sociais presentes.
A intervenção precisou ser feita porque os estudantes tentaram entrar na CMM de forma desordeira, chegando até mesmo a quebrar uma das portas de vidro que dão acesso ao Plenário, informou a assessoria.
“Na área externa, o desentendimento aconteceu entre os próprios estudantes e representantes de movimentos sociais. Neste episódio, os seguranças da CMM somente acompanharam parlamentares que se encontravam na escadaria e tentavam apaziguar os ânimos dos manifestantes”, diz um trecho da nota.
Pelo jeito, a novela da discussão sobre o valor da tarifa e o transporte coletivo em geral, ainda terá novos capítulos pela frente.
Mais detalhes você acompanha, às 18h, com reportagem de Fabio Melo, no Notícias da Hora, pela TV TIRADENTES.
Esta é a casa do POVO??? Um monte de JAGUNÇOS na porta impedindo a população de participar das audiências. Os vídeos mostram claramente os rostos dos agressores. A OAB deveria entrar com ação criminal e exigir a prisão destes JAGUNÇOS.