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Arthur culpa David Almeida por greve que prejudicou Manaus e afirma que ações contra falta segurança precisam ser tomadas por um governador de verdade

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) culpou o governador interino David Almeida (PSD), pela paralisação dos motoristas do transporte público, que voltou a travar o trânsito e a prejudicar a população da capital, na manhã desta quarta-feira (15).

Na paralisação, os rodoviários cobraram maior ação da Segurança Pública, como forma de proteger os usuários e os profissionais que trabalham na frota de ônibus da cidade. Nos últimos meses, o crescimento do número de assaltos vem assustando trabalhadores e usuários, que roubados, agredidos e até mortos, durante os trajetos, exigem decisões mais duras por parte do poder público.

De acordo com o prefeito, Segurança Pública é responsabilidade do Governo do Estado e, ao invés de estar fazendo política, o governador interino deveria estar tomando atitudes contra o avanço da violência e o sentimento de insegurança da população.

“Isso aí recai sobre quem governa o Estado!”, lembrou, “porque o governador é o comandante em chefe das Polícias Civil e Militar!”

Criticando a falta de ações contra a violência, Arthur procurou isentar o secretário Sérgio Fontes, mas não poupou o governador interino. “As ruas passaram e ter novos donos. Enquanto o comércio fecha as portas, a bandidagem deita e rola nas ruas da cidade!” E afirmou: “Se eu fosse o governador, o crime teria vontade de se mudar para outro Estado!”

O prefeito criticou o imobilismo e a falta de atitude do governador interino. “A falta de governo é um a violência! É uma interinidade exagerada! Não precisamos de um governador-mirim, mas de um governador de verdade, para resolver essa situação!”

Apoiador da candidatura de Amazonino Mendes (PDT), Arthur fez críticas aos adversários no processo eleitoral e afirmou: “A eleição já está resolvida e, quem tem dúvida disso?”

Afirmando que sempre procurou proteger os rodoviários e que está sempre de portas abertas para a categoria, o prefeito também isentou os motoristas. “Eles disseram que a paralisação não teve razão política!”, e aproveitou para cobrar os empresários do setor de transporte público a entrega dos 300 ônibus prometidos. “Até agora, entregaram apenas 40!”.

Ainda se referindo ao calote dos empresários, o prefeito ameaçou: “Será que ainda devo manter os compromissos com os empresários? Vou começar a pensar no assunto!”

Em Nota, a Secretaria da Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) lamentou a violência contra os rodoviários, destacou que já vem tomando providências contra os assaltos e que volta a reunir com a categoria dos rodoviários, nessa quinta-feira, para voltar a discutir o assunto. Confira:

 

Nota

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) lamenta a violência sofrida pelos trabalhadores do transporte público e destaca as ações diárias que têm sido feitas para coibir esse tipo de crime em Manaus.

As ações envolvem a SSP-AM e os demais órgãos de segurança do Estado, como Polícia Militar, Polícia Civil e Detran.

A SSP-AM informa que o diálogo está constantemente aberto para todos os segmentos do transporte e ressalta que, apenas as ações do Sistema de Segurança, que já vêm sendo feitas, como o monitoramento das rotas e a prisão de suspeitos de assalto, não são suficientes para combater de vez esse tipo de crime.

Mesmo com a prisão de 653 acusados de roubo a ônibus neste ano, fruto de ações das polícias Civil e Militar e da própria SSP-AM, os assaltos aumentaram 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número demostra que são necessários união e engajamento de todos os órgãos para que as reduções sejam mais expressivas e para que os trabalhadores deixem de sofrer com esse crime.

União inclusive da Prefeitura de Manaus, que é o órgão responsável pela concessão das empresas de transporte público, e das empresas que podem contribuir com a instalação de equipamentos modernos, como câmeras de segurança.

Diariamente, a Polícia Militar, que teve a maioria da sua frota de viaturas renovada, está nas ruas atuando no policiamento ostensivo, fazendo a Operação Catraca, onde é realizada a maioria das prisões, convertidas em flagrantes pela Polícia Civil.

A SSP-AM destaca que não há solução gratuita, e que é preciso urgente o interesse e a contrapartida das empresas.  Na tarde desta quinta-feira (17), a SSP-AM se reúne com diversos representantes do transporte público, inclusive o Sindicato dos Transportes Especiais, no sentido de discutir sobre o tema e encontrar as novas soluções específicas para o problema.

 

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