Rebelião com fugas e morte no Presídio de Parintins-AM

Uma rebelião de detentos irrompeu, no início da tarde desta segunda-feira (1º/09), no município de Parintins, Interior do Amazonas. A rebelião, na unidade provisória, teria começado por causa da presença indesejada de um preso. Pelo menos 60 presos teriam assumido o controle do presídio. Eles ameaçaram explodir o presídio, usando botijas de gás.

As informações, já confirmadas, dão conta de pelo menos uma morte. Um presidiário, de nome não revelado, teria sido degolado e tido as duas mãos decepadas e jogadas por cima do muro, no meio da rua.

O presídio de Parintins funciona na zona central da sede do município.

O comando do Batalhão de Polícia Militar de Parintins entrou em contato com a Secretaria de Estado da Justiça e Direitos Humanos (SEJUS), em Manaus, para solicitar reforço policial.

O reforço já foi enviado, com homens da Tropa de Choque da Polícia Militar do Estado (PM-AM).

A polícia negocia com os rebelados e alguns presos já teriam se rendido. As aulas no turno da noite, da rede municipal foram suspensas.

A prefeitura de Parintins informou que está prestando apoio às famílias dos presos, por conta da rebelião no presídio do município. O prefeito Alexandre da Carbrás (PSD) lamentou o ocorrido e determinou que as Secretarias Municipais da Saúde e Assistência Social ofereçam atendimento psicossocial às famílias. Segundo o prefeito, o Hospital Jofre Cohen está com reforços para atender os feridos, caso sejam levados para a unidade.
O presídio, que tem capacidade para 30 presos, abrigava mais de 200. Segundo Alexandre da Carbras, a questão da superlotação, deve ser resolvida nos próximos meses. “Em recente contato com a Secretaria de Estado de Justiça, tivemos a informação da construção de um novo presídio. A Prefeitura entrará com a doação de um terreno, que é inclusive maior do que nos foi solicitado”, afirmou.
A nova unidade deverá ter capacidade para cerca de 500 presos. Carbrás destacou que o problema no sistema prisional já era pra ter sido solucionado em Parintins como em alguns municípios do Estado. Lembrou que em 2009, a Prefeitura de Parintins se negou a doar uma área para construção de uma unidade prisional. “Estamos à disposição do Estado que tem se mostrado sensível com a situação”, enfatizou o prefeito.

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