Quatro maiores cidades do AM se mobilizam para ampliar vacinação contra HPV

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As quatro maiores cidades amazonenses – Manaus, Parintins, Itacoatiara e Manacapuru – têm o desafio de, até o fim do ano, aplicar a segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), em todas as meninas com idades entre 9 e 11 anos. A infecção por esse vírus é a principal causa do câncer do colo do útero.
A capital – Manaus – por exemplo, precisa melhorar as taxas de vacinação para que, em um futuro próximo, saia da primeira colocação do ranking nacional de risco estimado de casos deste tipo de câncer.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em um grupo de 100 mil mulheres, cerca de 35, correm o risco de ter a doença. De acordo dados do Ministério da Saúde, um pouco mais de 30% das mais de 50 mil jovens aptas para serem imunizadas começaram o ciclo vacinal neste ano. Esse número é baixo em relação à meta de vacinação contra o HPV estabelecida pelo Ministério, que é de vacinar 80% dessas jovens.
A chefe de imunização da secretária municipal da saúde (Semsa), Isabel Hernandes, afirma que o município tem se mobilizado para tentar alcançar a meta até o final do ano.  Segundo Isabel, a vacina contra o vírus está disponível para as crianças, em todas as 171 Unidades Básicas de Saúde tradicionais e em quatro unidades de saúde móveis.
 
“Olha, a vacinação está disponível em todas as nossas salas de vacina. Lembramos que Manaus têm 10 salas de vacina que abrem até 9 horas da noite e sábado até o meio dia, para que pais levem as meninas de 9 a 13 anos para receber a vacina. Nós não iremos trabalhar nas escolas, neste período. Mas a gente faz um alerta para que os pais procurem logo a vacinação.”
 
Para ter proteção completa contra o vírus, as meninas devem tomar as três doses da vacinação. A primeira agora, a segunda seis meses após e a terceira dose cinco depois da primeira. A dona de casa manauara, Maria da Dores, garantiu a proteção da filha de 10 anos. Ela sabe que a vacina pode livrar futuras mulheres do câncer do colo do útero.
 
“Eu acho importante porque a vacina vai prevenir que as futuras moças, né, tenham o câncer do colo do útero”.

Na segunda maior cidade do Interior do Amazonas – Parintins – a meta da Secretaria da Saúde é proteger cinco mil meninas, entre 9 e 11 anos. Em Itacoatiara, no centro amazonense, a primeira fase da vacinação, no começo do ano, atingiu 100 por cento do público alvo. Para repetir o sucesso, na segunda etapa, a coordenadora do Programa de Imunização de Itacoatiara, Tatiane Rocha, revela que os agentes de saúde estão vacinando as meninas nas escolas. Ela espera que durante a vacinação da segunda dose da vacina contra o HPV, todas as meninas sejam protegidas.
 
“Nós nos inserimos dentro das escolas, nas reuniões de pais e mestres, e a gente foi falar sobre a vacina para sensibilizar os pais. Então esse ano foi ótimo, a gente atingiu a meta sem muito problema, está fazendo agora a segunda dose nas escolas. Já temos meninas chegando as salas de vacina para vacinar”.
Em Manacapuru, quarta cidade mais populosa do Estado, a vacinação contra o HPV também está sendo realizada nas escolas, além dos postos de saúde para manter as altas taxas de vacinação alcançadas na primeira etapa, quando cerca de 80% das garotas foram imunizadas. Outra cidade que pretende repetir o sucesso na vacinação, nesta segunda etapa da mobilização contra o HPV é Itacoatiara. No município, 180% das jovens receberam a primeira dose e precisam voltar aos postos de saúde para tomar a segunda.
É importante lembrar que a vacina funciona melhor para aquelas mulheres que ainda não tiveram contato com o vírus, de preferência para aquelas que ainda não tiverem iniciado as atividades sexuais. É por isso que as vacinas são oferecidas apenas para as meninas de 9 a 13 anos de idade, como explica a presidente da Associação Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai.
“As meninas com menos de 15 anos respondem muito melhor à vacina, por conta do sistema imunológico delas ser melhor do que o das mais velhas. Então, para elas, a gente faz as três doses em cinco anos. Para as mais velhas e para as mulheres, são necessárias três doses, no intervalo de seis meses, em seis meses essa pessoa toma as três doses.”
 
 A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida.
Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

 

 

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