Protocolo de acordo com China poderá trazer investimentos de até US$ 1 bi para o Amazonas

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A participação do Amazonas no acordo bilateral entre os governos do Brasil e da China, firmado em Brasília (DF), na quarta-feira (20), foi formalizada, nesta quinta-feira (21), com a assinatura de um acordo do Estado do Amazonas com o governo chinês. O acordo, assinado pelo governador José Melo, prevê investimentos da ordem de US$ 1 bi, com parcerias em áreas como ciência e tecnologia e facilidades no acesso a crédito de bancos chineses para investimentos em obras de infraestrutura no Estado.

A assinatura ocorreu durante reunião de Melo com representantes da estatal chinesa Eletronics Corporation (CEIEC), realizada na sede do Governo do Estado, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus. O presidente da empresa, Liu Liehong, representou o governo chinês. Uma delegação do Governo do Amazonas, composta por secretários de governo e representantes das federações da indústria e do comércio, deverá viajar em setembro à China, para abrir negociações com os investidores e os bancos.

Segundo o governador, o acordo com a China abre um horizonte importante de investimentos em um período de crise da economia brasileira. Mineração, produtos florestais e a proteção da região amazônica também são áreas de interesse dos chineses. Além do intercâmbio na área de ciência e tecnologia, está prevista a instalação de empresas chinesas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e o acesso facilitado a recursos para desenvolvimento econômico e obras de infraestrutura.

Com esses recursos, José Melo pretende impulsionar a piscicultura, fomentando à criação de peixe em cativeiro por agricultores e grandes empresários, e a industrialização. “A China é um país grande, rico, mas que precisa de alimentos. Eles viram no Amazonas um campo que pode produzir. Vimos oportunidade de acessar esses recursos para transformar o Estado no grande produtor de peixe. Abriram o mercado para a carne e, agora, o peixe. Quero abrir oportunidade para que empresários acessem o crédito chinês para não só produzir, mas também industrializar e enlatar os peixes amazonenses”, disse.

A infraestrutura é outro ponto importante do acordo. Nesse caso, os recursos devem ser disponibilizados por meio de empréstimos com bancos e agências de financiamento chineses. O maior atrativo são os juros, considerados os mais baixos do mercado e inferiores, por exemplo, aos praticados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Obras como a construção da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a duplicação da AM-010 e construção de um grande porto para as fábricas do PIM em Itacoatiara estão na pauta do governo estadual.

“Temos problemas de portos, estradas. A duplicação da AM-010 é um sonho nosso, duplicando até Itacoatiara e fazendo um grande porto. É um interesse deles. Outra coisa que eles estão interessados é em financiar a Cidade Universitária, não só os blocos de sala de aula e laboratórios como todo o projeto que inclui as habitações e abertura de novas estradas”, destacou o governador.

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