Projeto ‘Produzindo a liberdade’: fábrica do PIM montará linha de produção no Compaj

Uma empresa do Polo Industrial de Manaus vai dar emprego a 20 detentos do sistema prisional do Amazonas. Dificuldade vivida por todos os egressos do sistema, em qualquer parte do país, os detentos selecionados por meio do projeto ‘Produzindo para a liberdade’ terão a chance de, ainda durante o cumprimento da pena, ter de seis a oito horas de trabalho por dia, com remuneração de um salário mínimo.

O acesso dos detentos a uma atividade produtiva remunerada será possível graças a um Termo de Cooperação Técnica (TCT) entre o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), com as empresas Label Press e Label Packing, para a instalação de uma linha de produção dentro do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Administradora do Compaj, a Umanizzare Gestão Prisional é a interveniente do processo, ficando responsável pelo suporte nos procedimento de instalação, adequação do espaço, seleção dos internos, entre outras funções. De acordo com a empresa, quer atua no ramo de produção de embalagens flexíveis e produtos gráficos, até novembro, terá realizado todo o processo de capacitação e instalação no regime fechado.

Segundo o secretário Louismar Bonates, o objetivo é que a iniciativa dos proprietários da empresa chame a atenção de outros empresários. “Hoje, dentro do sistema, a única que oferece emprego é a Umanizzare, porque atua na administração das unidades prisionais. Nosso objetivo é que mais empresas se interessem pela mão de obra da população carcerária, para inserir essa população no mercado de trabalho”, ressaltou.

“Ficamos felizes em estar celebrando esse acordo, porque sabemos da dificuldade que essas pessoas enfrentam quando saem. Sabemos que o trabalho é fator primordial para a recuperação de vocês”, disse o representante legal da empresa, Carlos Guarnieri aos primeiros 20 funcionários que vão atuar na produção e estavam presentes no evento. A estimativa de investimento do grupo supera R$ 1 milhão, entre material de consumo, máquinas, capacitação, força de trabalho e transporte de material.

O presidente do Grupo Permanente de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Sabino da Silva Marques, também participou do encontro. Ele visitou a unidade para informar aos presos sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Todo mundo aqui sabe que vocês precisam de uma chance e a empresa vai dar essa chance. Esperamos que dê muito certo”, disse o magistrado.

Pelo termo, o projeto tem duração de cinco anos a partir da assinatura, ou seja, a empresa deve manter a linha de produção na unidade prisional até 2019. A expectativa é de que, até final de outubro, a linha de produção esteja montada.

Produto

Criada em 1999, a Label Press foi fundada para atender às necessidades e expectativas do mercado Amazonense no setor de etiquetas auto-adesivas. Com a missão de produzir etiquetas e impressos de alta qualidade a um custo competitivo e, ao mesmo tempo, atender as necessidades e expectativas de um mercado exigente, a Label Press conta com um moderno Parque Industrial local. A Label Packing atua na produção de produtos de plástico em geral.

A Label Press e a Label Packing Indústria e Embalagens da Amazônia, somadas a LETS (Label Evolution) formam o Label Group.

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