Preso rapaz acusado de espancar e matar criança de apenas 1 ano e 8 meses em Manaus

Anderson Carneiro de Paiva, de 21 anos, foi preso em flagrante pela polícia Civil do Amazonas. Ele é apontado como autor do homicídio do bebê Alex Gabriel Silva de Oliveira, de apenas 1 ano e 8 meses, ocorrido na noite da terça-feira (23), por volta das 18h30, na Rua Jerusalém, Comunidade Nossa Senhora de Fátima, no bairro Novo Aleixo, zona Leste da capital.

De acordo com os delegados Juan Valério e Juliana Tuma, titulares, respectivamente, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a vítima, que era enteada de Anderson, foi espancada pelo padrasto. A criança ainda foi levada ao Hospital e Pronto Socorro Doutor Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, na zona Leste da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar

O infrator foi preso na noite de ontem, dia 23, por volta das 19h, no Hospital e Pronto-Socorro Doutor Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, situado na Avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, na zona Leste da cidade, para onde a vítima ainda chegou a ser levada, mas veio a óbito minutos depois.

Durante a coletiva, os delegados explicaram que a mãe da criança, uma adolescente de 15 anos, relatou que saiu na tarde de ontem da casa onde ela morava com filho e Anderson, situada na Rua Jerusalém, Comunidade Nossa Senhora de Fátima, bairro Novo Aleixo, zona Norte, e deixou a criança sob os cuidados do padrasto.

No momento em que a adolescente retornou à residência observou que o abdômen da criança estava bastante inchado. Ela ainda chegou dar remédio para febre e enjoo ao filho, achando que ele estivesse com gases. Por volta das 19h, Alex Gabriel começou a piorar e foi levado ao Hospital e Pronto-Socorro Doutor Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, onde morreu.

Em depoimento, a mãe da vítima relatou que estava se relacionando com Anderson desde quando o filho tinha seis meses de idade. Ela disse, ainda, que percebeu lesões na criança desde a última segunda-feira (22), quando saiu para trabalhar e havia deixado a criança com o padrasto.

“A adolescente disse que, ao chegar do trabalho, notou que o filho estava lesionado no braço. Na ocasião, o companheiro teria afirmado que o enteado havia caído. Já na tarde de ontem, a mãe saiu novamente e deixou a criança aos cuidados do infrator. Quando ela retornou ao imóvel, notou a criança com os olhos fundos, a mão arroxeando, mostrando apatia com moleza. A adolescente perguntou do companheiro o que tinha acontecido com o filho e o infrator alegou que o estômago da criança estava inchado devido a um pedaço de bolo que ela teria dado à criança”, pontuou a delegada.

Tuma ressaltou, ainda, que a adolescente afirmou que o companheiro tinha ranço pela vítima. “Ela informou que chegou a engravidar de Anderson e, com dois meses de gravidez, o infrator deu remédios abortivos para ela, porém ela não perdeu o bebê. Quando ela já estava com quatro meses, Anderson já tinha aceitado a criança que ela esperava e teria criado expectativas de ser pai, mas a adolescente acabou perdendo a criança. Anderson culpava Alex Gabriel pelo fato da mulher ter pedido o bebê. Conforme a adolescente, o infrator dizia que ela carregava demais Alex Gabriel e, por isso, ela perdeu o filho que estava esperando dele”, disse.

Ao longo da coletiva de imprensa, o titular da DEHS explicou como ocorreu a prisão de Anderson. “A equipe do plantão da especializada foi acionada pelos médicos do hospital, que informaram que uma criança havia morrido na unidade hospitalar e apresentava marcas de maus-tratos. No local, estavam a mãe da criança e o padrasto. Inicialmente, os dois foram conduzidos ao prédio da DEHS, até sair o laudo de necropsia, emitido pela equipe do Instituto Médico Legal (IML). Nesse período, os investigadores foram até o local onde a família morava e obtiveram, junto aos vizinhos, relatos de que a criança sofria maus-tratos por parte do padrasto. Passamos a indagá-lo e ele acabou confessando o crime”, informou Juan Valério.

O delegado explicou que Anderson argumentou, em depoimento, que a criança estava enjoada e chorando muito. Como ele estava sem paciência e sozinho com a criança, acabou desferindo três tapas na barriga do enteado. Valério destacou que a causa da morte da vítima foi a ruptura do estômago por ação contundente, provocada pela agressão.

“O apoio dos servidores do IML foi imprescindível para solucionarmos esse caso, porque eles agiram rapidamente, tendo em vista os nossos indícios de que ali ocorreria um flagrante. Então eles agilizaram um laudo preliminar, que de fato atestou a morte da criança em decorrência da ruptura no estômago. A partir daí encaminhamos para Depca, porque a mãe é menor de idade e, nesses casos, lá tem mais estrutura e profissionais qualificados para conversar com a mãe da vítima e extrair mais detalhes sobre o ambiente familiar em que a criança vivia”, pontuou o titular da DEHS.

No prédio da Depca Anderson foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Na tarde desta quarta-feira o infrator será encaminhado para Audiência de Custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, no bairro São Francisco, zona Sul da cidade.

A reportagem completa você acompanha logo mais, às 18 horas, no telejornal Notícias da Hora, na TV Tiradentes.

 

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