A presidente Dilma Rousseff encerra o primeiro mandato com 52% de aprovação. O número de pessoas que aprovam a maneira de governar da presidente subiu quatro pontos percentuais e passou de 48%, em setembro, para 52%, neste mês, enquanto que o percentual dos que desaprovam baixou de 46% para 41%. No mesmo período, o número dos que consideram o governo ótimo ou bom cresceu pouco, de 38% para 40%, e o dos que acham o governo ruim ou péssimo baixou de 28% para 27%, ambos dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais. As informações são da pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira (17), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Entre os entrevistados, 51% disseram que confiam na presidente, seis pontos percentuais acima dos 45% registrados em setembro. A confiança em Dilma Rousseff aumentou, principalmente entre as pessoas que moram na periferia, onde alcançou 56%. Nas capitais, mesmo com o crescimento de oito pontos percentuais frente a setembro, o número dos que confiam na presidente, que é de 45%, é inferior aos 48% que não confiam.
A pesquisa revela, ainda, que a avaliação positiva do governo melhorou, sobretudo na região Sudeste, onde o número dos que consideram o governo ótimo ou bom cresceu oito pontos percentuais, entre setembro e dezembro. A aprovação da maneira de governar da presidente recuou 13 pontos percentuais, nos municípios com até 20 mil habitantes, e ficou em 56%. Nas cidades com mais de cem mil habitantes, esse número aumentou 8 pontos percentuais e alcançou 45%.
Segundo o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar da melhora da popularidade no terceiro trimestre, o governo ainda não recuperou os níveis de aprovação anteriores aos protestos de julho de 2013. Antes das manifestações populares, o percentual de pessoas que considerava o governo ótimo ou bom oscilou entre 48% (julho de 2011) e 63% (março de 2013). Depois dos protestos, variou de 32% em julho de 2013 a 40%, em dezembro deste ano. A aprovação da maneira de governar da presidente, que oscilava de 67% (julho de 2011) a 79% (março de 2013), recuou para os atuais 52%.
Áreas de atuação – Conforme a pesquisa, as áreas de atuação do governo com as piores avaliações, em dezembro deste ano são: impostos, saúde, segurança pública, combate à inflação e juros. Entre os entrevistados, 71% desaprovam a ação do governo na área da saúde, o mesmo percentual dos que reprovam o trabalho na área de segurança pública. Entre os entrevistados, 69% desaprovam a atuação no combate à inflação.
“Com relação a setembro, o percentual da população que aprova as ações relativas a impostos aumentou de 20% para 24%, mas esta continua sendo a área com menor percentual de aprovação”, diz a pesquisa. Entre os entrevistados 72% reprovam a atuação do governo com os impostos.
Pontos positivos e negativos – Na pesquisa, os entrevistados também elegeram os pontos positivos e negativos do primeiro mandato de Dilma Rousseff. “A percepção da população é que o governo tem uma atenção especial com a questão social e com a assistência aos mais pobres”, avalia Renato da Fonseca. “O combate à fome e à pobreza é considerado, espontaneamente, o principal aspecto positivo do primeiro mandato, citado como um dos três principais por 24% da população”, afirma o levantamento. Em segundo lugar, com 17%, aparecem os investimentos em programas sociais. Depois, com 15%, a população elegeu o investimento na área de educação.
Entre os aspectos negativos, destaca-se o item poucos investimentos na área da saúde, citado, espontaneamente, por 30% dos entrevistados. Em seguida, com 26%, aparece o não combate à corrupção, e, com 21%, o baixo investimento em segurança pública.
A pesquisa CNI-Ibope de dezembro foi feita entre 5 e 8 de dezembro com 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.