Policiais militares do Amazonas organizam uma greve para o dia 1º de maio – Dia do Trabalho. As informações começaram a circular nos últimos dias, após reuniões com as 30 Companhias Interativas Comunitárias (Cicons) da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), unidades do Interior e membros do Comando de Policiamento Especializado (CPE).
Uma das lideranças do movimento, o policial militar que se identificou como ‘Steve”, afirma que os policiais militares vivem em regime de escravidão e ressaltou que o movimento é exclusivo de policiais. Ele confirmou que a greve está toda organizada, com data e hora marcadas.
Na pauta de reivindicações, plano de saúde, plano de carreiras e salários, mudanças no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, hoje baseado no regime disciplinar do Exército, e valorização dos policiais.
De acordo com ‘Steve’, a greve deverá reunir, inicialmente, cerca de quatro mil dos quase oito mil homens da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM). A maior participação estaria principalmente entre os praças. Os oficiais observam a movimentação e ainda não se manifestaram.
‘Steve’ afirma que, se algum policial for preso por conta do movimento, a greve permanecerá, enquanto não houver anistia.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Almir David, também não se manifestou sobre a ameaça de paralisação, mas a assessoria da corporação nega a possibilidade de greve da categoria.
A greve nos quadros das polícias militares é proibida, por se tratar de serviço essencial, que garante a segurança pública.
Nos últimos dias, uma greve da Polícia Militar da Bahia gerou uma série de transtornos à população do Estado, com o aumento do número de homicídios e da violência na capital, Salvador. O líder do movimento foi preso, com base na Lei de Segurança Nacional, acusado de insuflar os grevistas.
A paralisação em Manaus ocorreria às vésperas da Copa do Mundo e já é considerada pela FIFA, já que a capital do Amazonas é cidade sede do evento.