PF-AM deflagra Operação “Cashback” nesta manhã, em Manaus

A Polícia Federal no Amazonas, a Receita Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram na manhã desta quinta-feira (11), a fase ostensiva da investigação policial denominada “Operação Cashback”, que investiga a prática de crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa. O objetivo é aprofundar as investigações de fraudes que desviaram mais de R$ 140 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas.

A Cashback é a quarta fase da Operação Maus Caminhos, deflagrada em 2016. Com o avanço das apurações, foram identificados novos fatos e prejuízos referentes à prática do retorno do dinheiro pago às empresas fornecedoras de produtos e serviços do Instituto Novos Caminhos (INC) ao líder da organização criminosa, para que fosse redistribuído a título de propina aos agentes públicos e políticos..

Estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão temporária e 40 de busca e apreensão. Alguns dos alvos da PF são o empresário do setor de medicamentos Sérgio Bringel, que já foi preso, e o ex-deputado e ex-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), advogado Lino Chíxaro. Outros mandados cumpridos outros mandados em vários pontas da cidade, entre eles um nas proximidades da Faculdade Nilton Lins, na zona Centro-Sul.

Os delitos foram praticados por empresários que forneciam produtos e serviços à organização social (pessoa jurídica sem fins lucrativos – ONG), não alcançados na primeira fase da operação Maus Caminhos.

Na operação, estão sendo empregados 150 agentes federais. As viaturas saíram bem cedo da sede da PF para o cumprimento dos mandados. Os presos já estão sendo recolhidos para a cadeia na sede da PF no Dom Pedro, zona Oeste da capital.

De acordo com a PF, apurou-se no inquérito policial que, dentre as fraudes identificadas, o modus
operandi utilizado pela organização criminosa para o desvio de recursos públicos, consistia na
realização de pagamentos superfaturados em preço e/ou quantidade, com a posterior
devolução de parte do valor pago. Por essa razão, o nome da operação policial faz alusão ao
modelo de compras que devolve parte do dinheiro ao consumidor.

Apenas em um dos contratos dessas empresas com o Estado do Amazonas, no valor de R$ 552 milhões de reais, foi identificada fraude no valor de R$ 140 milhões de reais.

As medidas, 16 mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão, além de mandados de bloqueios de contas e de sequestro de bens móveis e imóveis, foram expedidas pela Justiça Federal, após manifestação do Ministério Público Federal, e cumpridas por 150 policiais federais.
Fiscalizações e auditorias complementares foram realizadas pelos órgãos
técnicos.

De acordo com a Receita Federal, existem indícios de fraudes fiscais da ordem de 100
milhões de reais, cujas autuações podem alcançar R$ 75 milhões de reais.

Segundo a CGU, foram identificados desvios de recursos públicos da ordem de R$ 142 milhões de reais.

 

 

 

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