Percentual de leitores de jornal impresso permanece estável, aponta Pesquisa Brasileira de Mídia

Apesar do crescimento da internet como meio de comunicação ter fomentado especulações sobre a substituição das edições impressas de jornais por edições digitais ou outros meios de informação, os hábitos do leitor de jornal continuam inalterados em relação à edição anterior da Pesquisa Brasileira de Mídia. O percentual de brasileiros que leem jornais ao menos uma vez por semana permaneceu em 21% entre as duas rodadas da PBM.

A maioria dos brasileiros continua consumindo esse meio de comunicação da maneira tradicional: 79% dos leitores o fazem no formato impresso e apenas uma parcela de 10% migrou para o formato digital.

A leitura diária de jornais é baixa. Apenas 7% dos entrevistados leem diariamente, sendo a 2ª-feira o dia da semana mais mencionado pelos leitores (48%), e o sábado o menos mencionado (35%). A escolaridade e a renda dos entrevistados são os fatores que mais aumentam a exposição aos jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou mais) leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série e renda menor que um salário mínimo (R$ 740), os números são 4% e 3%.

Existe pouca controvérsia sobre os motivos pelos quais as pessoas leem jornais. Elas estão em busca de informação (84%), seja sobre o seu dia a dia, o país ou lazer e entretenimento.

Entre os cadernos mais lidos pelos entrevistados (1º + 2º lugares) estão os de cidade, notícias locais e cotidiano (28%), esportes (24%), notícias policiais (16%), política brasileira (14%), classificados (12%), cultura e lazer (10%) e economia brasileira (10%).

Une pile de journaux. Image pour la société d'information. Le pouvoir est dans le savoir. Il faut rester au courant des choses. Images illustrant l'intérêt pour l'actualité.

Os dias preferidos para o consumo de jornais são 2ª e 4ª-feira, quando, respectivamente, 48% e 45% dos entrevistados disseram ler jornais. O final de semana concentra os dias com menor intensidade de leitura: sábado, com 35%, e domingo, com 39%.

A pesquisa também buscou informações sobre a compra de jornais e mostrou que 58% os adquirem em bancas, enquanto apenas 13% são assinantes regulares. Os jornais distribuídos de forma gratuita somam 8% e outros 20% preferem ler de outra pessoa ou em bibliotecas e no trabalho.

Revistas

Entre os meios de comunicação pesquisados, a revista é a que tem menor presença no dia a dia dos brasileiros. De acordo com os resultados sobre frequência de uso, 85% dos entrevistados afirmaram que não costumam ler revistas. Se considerado o fato de que, em geral, as revistas impressas têm edições semanais, ainda assim a frequência se mantém baixa, pois apenas 13% dos entrevistados afirmaram ler revista uma vez por semana ou mais.

A leitura é mais frequente entre as mulheres do que entre os homens: 16% das entrevistadas afirmaram ler revista pelo menos uma vez por semana, o que ocorre com apenas 11% dos entrevistados do sexo masculino.

Entre as pessoas com renda familiar mensal de até um salário mínimo (R$724), a proporção dos que leem revista é de 6%. Quando a renda familiar é superior a cinco salários mínimos (R$ 3.630 ou mais), os números sobem para 29%. Entre os entrevistados até a 4ª série, 4% consomem esse meio de comunicação. Já para quem tem ensino superior, os números sobem para 32%.

Confiabilidade

O nível de confiança nas notícias dos veículos de comunicação também foi tema da pesquisa. Os jornais ainda continuam como os meios mais confiáveis na opinião dos brasileiros. Em relação às notícias, 58% dos leitores disseram confiar sempre ou muitas vezes no que leem em jornais, seguidos pelos telespectadores (TV) e ouvintes (rádios), respectivamente, com 54% e 52%.

Por fim, o estudo fez um comparativo de confiança entre as mídias tradicionais e as novas mídias. Em valores médios, 52% disseram confiar sempre ou muitas vezes nas notícias de televisão, rádio, jornais e revistas.

O percentual de confiabilidade diminui quando os entrevistados citam as mídias eletrônicas. Em valores médios, 27% disseram confiar sempre ou muitas vezes nas notícias em sites, blogs e redes sociais.

Fonte: Secom

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