Parceria entre governos estadual e federal vai acelerar atendimento a famílias vítimas da cheia, no Interior do AM

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O atendimento às famílias vítimas da cheia no Estado do Amazonas vai ser acelerado, por meio de uma ação conjunta dos governos estadual e federal. A parceria foi anunciada nesta quinta-feira (5), em Eirunepé, a 1.160 quilômetros de Manaus, pelo governador José Melo e pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que visitaram o município pela manhã.

No momento, nove municípios do Estado estão em situação de emergência, com mais de 13 mil famílias afetadas pela subida das águas, nas calhas do Juruá e Purus.

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Melo e Occhi, o secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira, o secretário de Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, o senador Gladson Cameli, do Acre, e o prefeito de Eirunepé, Joaquim Bara, visitaram as comunidades de Ponta dos Ventos e Morada do Sol, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Eirunepé, para verificar as condições das pessoas que enfrentam a enchente. Na cidade, o fenômeno atinge mais de 2 mil famílias em regiões ribeirinhas e no perímetro urbano, conforme dados da Defesa Civil.

Desde janeiro, o Governo do Amazonas vem realizando o trabalho de atendimento às famílias atingidas pela cheia em todo o Estado. Mais de 127 toneladas de suprimentos, entre cestas básicas, colchões e remédios já foram entregues. Com a previsão de mais chuvas pelos próximos meses, a tendência é que os demais municípios da região do Purus e cidades do Alto Solimões entrem em situação de emergência.

Em reunião após as visitas, na sede da prefeitura de Eirunepé, ficou decidido que, para dar mais rapidez ao socorro da população, o governo federal fará o repasse de suprimentos para o Governo do Estado entregar aos municípios através da Defesa Civil do Amazonas. O órgão será o principal canal de comunicação das prefeituras com o Ministério da Integração e a Secretaria Nacional de Defesa Civil.

O ministro da Integração reafirmou apoio total do governo federal e antecipou que o Ministério deverá auxiliar com recursos para a reconstrução das cidades, quando acabar o período de cheia. “O primeiro momento é o da emergência. O segundo é o do restabelecimento da normalidade, e na reconstrução da cidade, com obras do Ministério da Integração ou com ações do Ministério das Cidades. Estaremos presentes em todas as etapas”, destacou Occhi. O valor dos recursos que deverão ser empregados nessas etapas não foi divulgado pelo ministro.

Nova reunião – Nas próximas semanas, o governador deverá convocar os prefeitos dos municípios afetados para uma nova reunião com Gilberto Occhi, em Manaus, para definir novas ações de curto prazo. Mas a principal meta, segundo o governador, é iniciar as discussões para medidas de longo prazo, como a retirada de famílias de regiões de risco para moradias populares.

“Precisamos trabalhar com uma solução definitiva. O primeiro momento é o de socorro e agora vira esse outro. O ministro já demonstrou a disposição para resolver de uma vez por todas os problemas dessas famílias”, frisou o governador, ao anunciar a criação da agenda de estudos para as medidas de longo prazo.

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Situação dos municípios – Nove municípios estão em situação de emergência no interior do Amazonas por causa da cheia. Em sete cidades a situação já foi homologada pelos órgãos oficiais. Na Calha do Rio Juruá, a cheia atinge Envira, Ipixuna, Guajará, Itamarati e Eirunepé. Na Calha do Purus, Boca do Acre e Canutama sofrem com a cheia. Na última semana, Carauari e Pauini passaram a compor o grupo.

A Defesa Civil do Amazonas estima que mais de 13 mil famílias estão sendo afetadas pela cheia nos nove municípios, duas mil a mais que na semana passada. “Estamos trabalhando na distribuição de ajuda humanitária. Nesses nove municípios em situação de emergência, já estamos no preparo para colocar as famílias em locais seguros, e para fazer uma resposta a contento”, destacou o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Roberto Rocha.

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