Construção civil cruza os braços por direitos trabalhistas. Ganhando R$ 100 por mês, hatianos são os mais prejudicados

Cerca de 180 trabalhadores chegaram a fechar o retorno da avenida Torquato Tapajós, uma das mais movimentadas da capital, onde está localizada a obra de um condomínio, provocando um congestionamento na via. Agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) e policiais militares foram acionados para liberar a rua e controlar o trânsito na área.

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracomec-Am) estavam no local, com um carro de som, dando suporte ao protesto.

De acordo com o vice-presidente do sindicato, José Lima, os operário da construção civil resolveram parar as atividades em Manaus, para protestar contra os salários atrasados. Segundo ele, os mais prejudicados são os imigrantes haitianos, que trabalham na obra, pois ao invés do salário, recebem vales de R$ 100 e R$ 200.

Além dos salários atrasados há dois meses, os operários também reivindicam cesta básica, 13º salário, horas extras e a devolução da Carteira de Trabalho que está em posse dos empregadores há mais de dois meses.

A entidade sindical informou, ainda, que a empresa está negociando com os operários e que, caso não sejam acatadas as reivindicações, os trabalhadores voltaram a cruzar os braços.

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