Operação “Concreto Armado”: ex-secretária Waldívia Alencar é suspeita de movimentar mais de R$ 40 milhões do dinheiro público

A Operação “Concreto Armado”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), em conjunto com a Polícia Civil do Amazonas, cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária contra a ex-titular da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), a engenheira Waldívia Alencar.

De acordo com o Procurador-Geral de Justiça e chefe do Ministério Público Estadual, Fábio Monteiro, a movimentação financeira com depósitos bancários recorrentes e sempre com grandes quantias, o crescimento patrimonial exagerado no período em que atuou como secretária de Estado, além das inúmeras denúncias publicadas pela imprensa e investigadas pelos Tribunais de Contas acenderam a luz vermelha para o início das investigações.

O Ministério Público aponta que a ex-gestora da Seinfra encabeçava um esquema que superfaturava contratos de licitações de obras que, na maioria das vezes, nem eram entregues.

A suspeita é de o rombo ao erário ultrapasse os R$ 40 milhões. O promotor Igor Starling disse que, somente com a compra de imóveis e automóveis de luxo, a ex-secretaria teria desviado mais de R$ 11 milhões. Os bens foram transferidos para familiares e também para 9 empresas. No total, foram encontrados em uma lista de 40 imóveis; duas casas no Condomínio de luxo Ephygênio Sales, na zona Centro-Sul de Manaus; um supermercado que ocupa um quarteirão inteiro, três flats de luxo para aluguel e cinco imóveis em Florianópolis, capital de Santa Catarina. Todos os bens estavam em nome de familiares da ex-secretária; alguns no nome da própria secretária e outros em nome de empresas, também ligadas a família de Waldívia Alencar.

– (movimentação do MPE e Polícia Civil no condomínio Ephigênio Sales, pela manhã – fotos das redes de WhatsApp) –

O Procurador-Geral e chefe do Ministério Público, Fábio Monteiro, disse que Waldívia Alencar vai permanecer presa no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), na BR 174, que liga Manaus a Boa Vista-RR, na zona Leste de Manaus. A prisão é válida por cinco dias.

Waldívia Alencar atuou em três governos como secretária da Infra Estrutura. Apesar disso, neste primeiro momento, o Ministério Público descartou qualquer envolvimento dos ex-governadores no esquema, porém, não descarta novas prisões.

O Ministério Público já pediu o bloqueio dos bens da ex-gestora da SEINFRA para ressarcir os cofres do Estado.

A cobertura completa e os desdobramentos da Operação Concreto Armado” você acompanha nesta quinta-feiura (19), no Manhã de Notícias, que começa às 7h30, na Rede Tiradentes.

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