Em 23 anos, essa é a primeira vez que a diferença de salários entre homens e mulheres AUMENTOU. Isso é o que indica o relatório da Oxfam Brasil, publicado no dia 26 de novembro de 2018, chamado “País Estagnado: Um Retrato das Desigualdades Brasileiras 2018”.

A organização não governamental analisou os números divulgados pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, de 2016 e 2017.

Em 2016, as mulheres, em geral, ganhavam 72% do que recebiam um homem na mesma posição. Em 2017, por incrível que pareça, elas passaram a receber 70%.

O que isso significa em termos de dinheiro? No ano passado, em 2017, enquanto uma mulher ganhava uma renda média de R$ 1.798,72, homens ocupando a mesmíssima função chegaram a receber R$ 2.578,1579.

Em geral, homens e mulheres passaram a ganhar mais entre 2016 e 2017, no entanto, enquanto os incrementos médios dele chegam a 5,2%, os das mulheres só alcançaram 2,2%, o que representa menos que a metade.

No entanto, a metade mais pobre da população sofre ainda mais com essa diferença salarial. Em vez de aumento da renda, essa parcela da sociedade enfrentou perdas, e as mulheres foram as mais afetadas. Enquanto eles perderam 2%, elas chegaram a ver uma diminuição de 3,7%.

Isso fez com que o relatório concluísse que, em 2017, entre os 10% mais ricos, a mulher chega a ganhar 60% da renda de um homem. Esse número era 69% em 2016.