Mudanças no ‘cotão’ dos vereadores serão definidas sem pressa e com transparência, diz Bosco Saraiva

As discussões em torno das mudanças na utilização da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) serão feitas com transparência e sem pressa pelos vereadores, que continuam apresentando propostas para mudanças na concessão do benefício. Pelo menos foi o que assegurou aos jornalistas, nesta quarta-feira (12), o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Bosco Saraiva (PSDB).

Popularmente chamada de ‘Cotão’, o valor corresponde a R$ 14 mil, pagos a título de indenização mensal aos parlamentares, para o custeio de despesas com transporte, comunicação, consultoria e alimentação. O benefício também é aplicado nas principais casas legislativas do País.

O Projeto de Lei (PL) nº 048/2014, de autoria da Mesa Diretora, que dispõe sobre a utilização da CEAP, foi liberado na segunda-feira (10), pela CMM, para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), .

“Estamos somente melhorando a lei de forma que ela possa ser entendida por todos e de forma transparente, na frente da população. Ninguém tá discutindo isso em salas, e sim no plenário. O povo precisa saber que o vereador vai poder ir até ele, discutir os problemas da cidade, seja na associação de moradores, seja na igreja ou na escola, onde for, no final de semana ou durante a semana. Ele vai poder ir porque tem recursos para isso. Isso ajuda a democracia, ajuda a Casa”, disse Bosco.

Entre as mudanças sugeridas na nova lei da CEAP estão a destinação de 60% do valor da verba para o aluguel de imóveis para o funcionamento de escritórios parlamentares em áreas mais distantes – os valores deverão atender a tabela referencial do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI); aluguel de veículos de forma que os valores pagos sejam norteados pela tabela de cálculo do IPVA junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), e a destinação de até 50% do valor da CEAP para a confecção de impressos gráficos referentes à divulgação da atividade parlamentar, entre outros itens.

Antes de ser deliberado, o projeto original foi encaminhado aos 41 vereadores, para sugestões. Quatro parlamentares encaminharam propostas e após a deliberação do Plenário, o projeto já recebeu duas emendas dos vereadores Waldemir José (PT) e Sildomar Abtibol (PROS). “Esse debate precisa ser feito de forma transparente com a sociedade. Não tem parede nem tapete. Não tem pressa para discutir. Tem que ter clareza. Está na CCJ, os textos serão aprofundados e, cada um, vai efetivamente defender a sua posição”, disse o presidente.

Para o presidente é preciso que os órgãos controladores e fiscalizadores conheçam de forma clara os critérios para o uso do recurso. “Tribunal de Justiça, o TCE, o Ministério Público, todos precisam saber qual é a regra para a utilização desse recurso”, destacou.

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