Mudança em doações a campanhas não interfere na prática de caixa 2, diz presidente do TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, não acredita que eventual proibição de doação de empresas privadas para financiamento de campanha eleitoral irá interferir na prática do caixa dois que abastece partidos políticos e candidatos. Marco Aurélio afirmou também que os partidos já começaram a receber recursos privados visando ao pleito deste ano. Perguntado se acredita que haverá interferência da decisão no caixa dois, o ministro respondeu:

— Presumo que não. O caixa dois é algo ilegal, do ponto de vista eleitoral e criminal. Porque uma coisa é doar às claras. Outra é receber por debaixo do pano. Pouco importa a consequência (da proibição) — disse Marco Aurélio.

O ministro disse ainda que o TSE não tem como verificar a incidência do caixa dois nas eleições. Ele afirmou que o tribunal não tem instrumentos para essa missão.

— Não (tem como verificar), porque o TSE só atua quando provocado, seja por um partido antagônico, Ministério Público, ou TRE, ou juiz eleitoral, em casos. O TSE age a partir de um pedido. O que não há é a investigação prévia, isso não há — disse o presidente do TSE.

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