Ministério da Saúde publica novo guia de manejo clínico para Chikungunya

chikungunya-692x360

O Ministério da Saúde publicou um guia sobre a Chikungunya, que traz orientações de casos graves, cuidados com as gestantes, medicamentos recomendados, exames necessários, formas de tratamento, além de ações de vigilância para a doença.

Este guia serve de base de consulta para profissionais de saúde para a avaliação dos casos no país e aborda as três fases de evolução da doença: aguda, subaguda e crônica, além da forma de intervenção para cada uma. E como funciona cada etapa? Após o período de incubação, inicia-se a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares após a fase aguda, o que já caracteriza o início da fase subaguda, com duração de até três meses. Quando os sintomas persistem além dos três meses, atinge a fase crônica.

De acordo com a coordenadora Geral dos Programas de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo mosquito, Ana Carolina Santelli, uma das informações mais importantes diz respeito a primeira fase da doença.

Coordenadora Geral dos Programas de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo mosquito, Ana Carolina Santelli

“É importante que os profissionais de saúde prestem atenção em alguns pontos importantes desse guia. O primeiro deles é o risco de se utilizar anti-inflamatórios, aspirina e corticoide na fase aguda da doença, nos primeiros catorze dias, já que isso pode agravar o quadro de Chikungunya. E ainda nessa fase, pensando que a gente tem um diagnóstico diferencial, essas medicações, principalmente os anti-inflamatórios, poderiam agravar também um possível quadro de dengue que possa ser confundido nessa fase”..

Este guia vai ser de extrema relevância para os profissionais da saúde, afinal, vai permitir uma assistência mais qualificada para aquelas pessoas que apresentarem consequências dessa infecção.

A Chikungunya é uma doença nova e de acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, o número de notificações tende a aumentar em 2017.

“Nós subimos de 25 mil para 250 mil os casos de Chikungunya. E a previsão é de alta. Não de 10 vezes, como aconteceu, mas aumentará”.

Estudos mostram que a maioria dos indivíduos infectados pelo vírus, cerca de 70%, desenvolvem sintomas da doença. Em 2016, 159 pessoas morreram por conta da doença no Brasil. Os óbitos foram registrados em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Maranhão, Piauí, Sergipe e Distrito Federal.

Os óbitos estão sendo investigados pelos estados e municípios, para que seja possível determinar se há outros fatores associados com a febre. Para saber mais sobre as doenças e formas de combater o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, acesse o site: saude.gov.br/combateaedes.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *