Matrículas: O filme se repete e pais enfrentam filas quilométricas para garantir os estudos dos filhos, em Manaus

14/01/13 – … E o filme de todos os inícios de anos volta a se repetir, no período de matrículas da rede pública de ensino, com os pais fazendo filas quilométricas para tentar matricular ou transferir os filhos, nas escolas.

Parece que não em jeito, mesmo. Entra ano e sai ano, e a estória se repete. Este caso aconteceu hoje pela manhã. Na escola estadual Dom Milton Corrêa, na Rua Rogério Magalhães, zona Norte da cidade, o pedreiro Raimundo Carlos Pereira era um dos pais que tiveram de faltar ao trabalho nesta segunda-feira (14), para tentar resolver um problema de transferência. ‘Seo’ Raimundo teve de chegar a 1h da madrugada, para enfrentar a fila.

“Eu e outros pais fizemos está uma espécie de senha, para que o pessoal que chegasse mais tarde não achasse que estaria na vez.”

De acordo com ‘seo’ Raimundo, a esposa, três filhos dele, que já estão na universidade, sobrinhos e netos também estudaram na escola e a situação nunca mudou”, reclama.

No bairro Jorge Teixeira IV, na Escola Estadual Vasco Vasquez, na zona Leste da capital, a situação não foi diferente, nesta segunda-feira. A repórter Samara Souza já encontrou uma fila sendo preparada para o dia seguinte, amanhã, terça-feira (15).

Grávida de nove meses, dona Roseane de Oliveira, é uma das mães que procurou se antecipar para conseguir uma vaga de ensino fundamental para o outro filho.

“Estou desde as 4 da madrugada aqui. Tem que passar o dia e a noite. Se chover, tem de ficar debaixo de chuva. Se fizer sol, também. Escola para perto de casa, só consegue se for assim! Se agente não fizer isso, só consegue escola para bairros distantes de onde a gente mora”, protesta.

As secretarias da educação do Estado e do município tentam, mas não conseguem uma solução para esse problema, que acontece desde quando ainda nem havia computador.

Em pleno 2013, já é hora de sair da idade da pedra lascada no setor educacional, e criar formar de gerar condições para resolver o problema. A impressão que se tem é que o assunto não é tratado com a seriedade que deveria, e o cidadão, literalmente, paga muito caro por isso.

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