Mau atendimento do INSS a trabalhadores da Construção Civil no Amazonas vai ser discutido em audiência pública, na Aleam

O mau atendimento denunciado por 1.300 trabalhadores da construção civil que procuram o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em busca de benefícios previdenciários, vai ser objeto de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A audiência, que ocorrerá antes do recesso de final de ano, vai reunir trabalhadores, órgãos de defesa do consumidor e representantes do INSS, no Estado.

Nesta quarta-feira (26), amparados pela legislação e pelo Sindicato da classe,  – Sinduscom – os trabalhadores solicitaram o encontro com os parlamentares. Em reunião com o líder do PMDB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor deputado estadual Marcos Rotta, eles relataram os problemas que vêm enfrentando. Muitos deles, mesmo com laudo médico em mãos, não vêm conseguindo receber os benefícios a que têm direito.

Por causa disso, na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil realizou uma grande manifestação em via pública da cidade de Manaus, para tentar chamar a atenção do INSS a respeito da situação, que consideram humilhante.

Os parlamentares repudiam o mau atendimento, por parte do INSS, aos trabalhadores no Amazonas. Com base em informações da entidade, o deputado Marcos Rotta, afirmou que o problema precisa ser discutido, com urgência, por que, apesar do apoio da legislação trabalhista, muitos operários estão sendo impedidos de ter acesso a um benefício que é garantido. “Todos eles têm atestados e laudos médicos e não conseguem, de maneira alguma, os seus benefícios, junto ao INSS. Cardiopatas possuem atestado médico, dizendo que, se o cidadão for trabalhar, corre um sério risco de ter um infarto. Este mesmo cidadão, de posse da documentação médica, vai até o INSS, junta uma série de documentos burocráticos, agenda a perícia médica e tem o benefício negado pelo INSS”, lamentou.

Ainda segundo Rotta, mesmo pessoas mutiladas e crianças com doenças graves como elefantíase, não conseguem benefícios junto ao órgão e ainda, são mal atendidas pelos peritos.

“Existem casos que chegam ao extremo, de peritos médicos que humilham as pessoas que lá estão. Casos e relatos de peritos médicos que, não satisfeitos em contestar o laudo, o atestado do colega, rasgam estes laudos médicos. “Não conseguimos entender qual é a diferença da medicina feita por um médico que atesta a incapacidade de determinada pessoa ao trabalho, para a medicina feita e concluída pelos peritos do INSS. É uma vergonha o que o INSS está fazendo, obrigando as pessoas a um processo degradante e humilhante dentro do órgao”, disse.

Audiência Pública

A audiência pública contará com a presença de representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), o Ministério da Previdência, o gerente do INSS no Amazonas e a corregedoria do INSS no Estado, porque poucas pessoas têm conhecimento do problema. A grande massa da população não têm conhecimento

“Os trabalhadores pretendem utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa para manifestar o seu grau de insatisfação e relatar alguns casos, inclusive, que causam revolta e humilhação”, afirmou o presidente do Sindicato da Construção Civil, Cícero Custódio.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *