Quem vai brincar o carnaval e costuma se “soltar”, durante o período, deve ficar atendo para não acabar transformando a festa em tristeza e mal estar, no final das contas. Aglomerações em ambientes fechados e comportamentos típicos do evento podem representar riscos à saúde. O sujeito fica mais exposto a doenças infectocontagiosas como hepatites, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e à mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a “doença do beijo”.

A mononucloeose é uma doença contagiosa, causada por um vírus da família do herpes chamado vírus Epstein-Barr (EBV). O vírus é transmitido de humano para humano por meio da saliva. Por este motivo, ganhou a alcunha de “doença do beijo”. Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida por meio da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo por meio do qual haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.

Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr pode manter-se com o vírus na sua orofaringe por até 18 meses após o aparecimento dos sintomas, podendo contaminar pessoas com quem mantenha algum contato íntimo, principalmente se prolongado. Por causa isso, a maioria das pessoas que desenvolve mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente: A própria pessoa que transmite o vírus também nem sequer imagina que ainda possa transmiti-lo.

A mononucleose é mais comum em adolescentes e adultos jovens e se caracteriza pelos sintomas de febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos.

O infectologista Marcelo Cordeiro destaca que, para evitar maiores problemas, uma simples atitude pode ajudar muito: a prevenção. O infectologista  afirma, ainda, que a “doença do beijo” não mata, mas a pessoa infectada pode passar semanas com uma série de sintomas indesejáveis e desagradáveis.

Outro alerta é que o folião fique atento a doenças como herpes labial e candidíase oral, transmitidas pela saliva ou no contato boca a boca.