Impasse: greve dos servidores da UFAM chega aos 50 dias e já compromete calendário acadêmico

Os corredores e salas de aula estão vazios. O movimento dentro dos prédios da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) ficou restrito aos funcionários responsáveis pela manutenção e alguns alunos que insistem em tentar concluir mais um semestre.

A paralisação dos professores da UFAM completou 50 dias, nesta segunda-feira (3), sem previsão de retorno dos decentes às salas de aulas.

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFAM (ADUA), José Alcimar, até o momento, o Governo Federal, se negou a atender as reivindicações da categoria, que luta por reajuste salarial de 27% e melhores condições de trabalho.

Com muita persistência, as calouras Tainy Ribeiro e Gabriela Borges conseguiram concluir o primeiro semestre do curso de administração, convencendo professores em realizar avaliações extras.

Segundo Tainy, a dificuldade maior é para os finalistas, que não têm como obter o diploma sem concluir a carga horária acadêmica.

Conforme o presidente da ADUA , José Alcimar, na próxima quarta-feira (5), está marcada uma Assembléia Geral Unificada com professores, técnicos administrativos e estudantes para avaliar a conjuntura e o momento da greve e, também, para apontar estratégias de negociação da política salarial.

Após a Assembléia Unificada, os servidores pretendem promover uma manifestação, em frente à Reitoria, para cobrar da administração superior informações sobre os impactos do corte orçamentário das universidades.

Com a greve, mais de 30 mil estudantes de 114 cursos estão com as aulas prejudicadas e o calendário acadêmico comprometido.

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