Entre 2016 e 2017, 61 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil devam ser diagnosticados. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (INCA). De acordo com o Instituto, desse total, 2.470 diagnósticos serão em estados da Região Norte do país.
Para alertar os homens sobre os riscos da doença, uma palestra foi realizada na manhã desta terça-feira (1º/12), na recepção do Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), na zona Norte de Manaus. A palestra marcou o encerramento das atividades do Novembro Azul no pronto-socorro.
O diagnóstico do câncer de próstata é feito por meio do toque retal e pela dosagem de uma proteína do sangue chamada PSA, sigla em inglês para Prostate Specific Antigen (Antígeno Específico da Próstata).
Segundo o fisioterapeuta Adolfo Galvão, que palestrou para os usuários do PS Delphina Aziz, os dois exames são complementares, mas o PSA não exclui a necessidade do toque retal.
A próstata é uma glândula sexual acessória localizada entre a bexiga e o pênis. Em condições normais é pequena, do tamanho aproximado de uma noz. Com o avançar da idade, há uma tendência natural ao crescimento da próstata e o surgimento de doenças. Homens a partir de 40 anos, especialmente aqueles que têm história familiar de câncer de próstata, ou após 45 anos, devem se submeter ao exame de toque retal.
Um dos participantes da palestra, Reginaldo de Souza, de 37 anos, disse que a maior dúvida dos homens é onde procurar atendimento. “Minha mãe teve câncer de colo de útero aos 54 anos e meu pai teve de próstata aos 55 anos por isso essa informação é importante”, disse.
Galvão explicou que é necessário procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Nos casos em que for necessário, o médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) fará o encaminhamento do paciente para o especialista (urologista). “A grande questão é que os homens já não têm o costume de ir médico e têm vergonha de se submeter ao exame do toque. É preciso deixar isso de lado e cuidar da saúde. O câncer não tem sintomas na fase inicial e, quanto antes se descobre, mais chance de se recuperar”, disse.