Além de pedagoga, a jovem Dandara Tonantzin Castro é também uma ferrenha ativista contra o racismo. Ela é representante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e diretora da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG).
“Quase no fim da festa, já do lado de fora um cara branco puxou meu turbante forte. Eu disse para ele soltar e saí. Quando passei por ele novamente, sozinha, ele puxou pela segunda vez, e fiquei tão brava que gritei para ele não tocar no meu turbante. Ele acenou para os amigos virem, quando juntaram em uma rodinha um deles puxou o turbante da minha cabeça e jogou no chão. Quando fui catar, incrédula do que estava acontecendo, jogaram cerveja em mim”, conta. “Saí desesperada para achar meus amigos. Sabia que se ficasse ali poderia até ter mais agressões físicas“.
“Me mantive forte muito tempo”, admite Dandara, “mas o racismo é cruel. Minhas lágrimas estão molhando muito a tela do celular, só de pensar que estes e tantos outros passaram impunes”.
De acordo com o Buzzfeed Brasil, a pedagoga foi à polícia no domingo e registrou boletim de ocorrência por “agressão física motivada por preconceito racial”. Ela também acionou advogados para processar os supostos agressores e deverá prestar queixa também no Ministério Público.