Fundação Alfredo da Matta é premiada em Congresso Brasileiro de Hansenologia

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A Fundação Alfredo da Matta (Fuam), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), saiu premiada do 13º Congresso Brasileiro de Hansenologia, realizado em Curitiba, no Paraná. O trabalho “Telessaúde: Uma ferramenta de apoio no controle e prevenção da Hanseníase em áreas de difícil acesso” foi o vencedor na categoria Epidemiologia e Controle, uma das cinco organizadas pelo evento. O Congresso – que aconteceu entre os dias 21 e 25 deste mês – reuniu profissionais da medicina de todo o Brasil, que apresentaram trabalhos de cunho científico e promoveram a discussão de temas importantes relacionados à hanseníase.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, parabenizou a conquista, e disse que ela reflete o empenho da instituição em sempre buscar novas metodologias, novas ferramentas tecnológicas e novas abordagens para o enfrentamento da hanseníase no Estado, o que tem contribuído com a redução significativa dos casos da doença.

O trabalho vencedor foi apresentado pelo médico Luiz Cláudio Dias, que expôs os objetivos, ações realizadas e resultados alcançados. “O projeto teve como objetivo contribuir para o controle da hanseníase em áreas de difícil acesso do Amazonas, por meio do uso da tecnologia da informação e comunicação”, afirma Luiz Cláudio, que atuou na execução do projeto e é um dos autores do trabalho premiado.

Segundo Luiz Cláudio, para execução do projeto, foi necessário, inicialmente, executar um cronograma de visitas a municípios do Interior do Estado para a apresentação e pactuação das ações de telessaúde planejadas. Uma equipe multidisciplinar foi designada para realizar cursos teóricos e práticos em hanseníase e ministrou aulas sobre uso dos instrumentos de Telessaúde, disponíveis para os profissionais de saúde que atuam no Interior. Outro passo para a concretização do projeto, segundo Luiz Cláudio, foi a realização de teleconferências para consultoria médica, entre profissionais do Interior e especialistas em dermatologia da Fuam, através do chamado “ambulatório virtual”. Além disso, a equipe também realizou o monitoramento das ações de hanseníase no Interior , em atividade coordenada pela Fuam, via teleconferência, possibilitando que vários municípios recebessem informações importantes sobre as atividades planejadas para o combate à doença, simultaneamente, agilizando a tomada de decisões.

Além de Luiz Cláudio Dias, os demais autores do trabalho são: Nádia Pimentel, Valderiza Pedrosa, Carolina Talhari Cortez, Mônica Santos, Maria Leide Wand Del Rey, Roger Assis, Pedro Maximo e Leandro Fortes.

Telemedicina e telessaúde – Fruto da parceria entre a Fuam, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação Norvatis para Sustentabilidade, Fundação para o Controle da Hanseníase no Amazonas (FUNDHANS) e Movimento de Reintegração dos Hansenianos (MORHAN), o projeto telessaúde iniciou na Fuam em 2013, com a execução do projeto-piloto em dois municípios do Estado: Parintins e Lábrea, ambos escolhidos devido à alta taxa de detecção de casos de hanseníase e por possuírem centros de telessaúde apoiados pelo Polo de Telessaúde do Amazonas da UEA.

Além deste prêmio em Curitiba, o projeto telessaúde na Fuam também já foi destaque ao receber o Prêmio Originalidade e Inovação em Telemedicina e Telessaúde, na categoria Pesquisa Clínica; premiação criada pela comissão organizadora do 6º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, ocorrido em novembro de 2013, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Mais 60% dos casos de hanseníase no país estão concentrados em 166 municípios. A informação é do Ministério da Saúde. Os estados do Pará, Amazonas e de Mato Grosso são os que apresentam o maior número de registros.

A doença atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz, e pode causar deformidades físicas. A hanseníase apresenta como principais sintomas manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, ao frio ou ao toque.

A transmissão ocorre quando o doente elimina o bacilo pelas secreções nasais, tosse ou espirro, mas a doença tem tratamento e cura. Assim que inicia o tratamento, o doente para de transmitir a doença.

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