Facilidade de crédito aumenta endividamento das famílias brasileiras, aponta pesquisa

De cada três brasileiros, um possui algum empréstimo no valor de, pelo menos, R$ 1000 reais em Bancos, instituições financeiras ou cartão de crédito. É o que aponta levantamento feito no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central, pela Associação Nacional dos Devedores de Instituições Financeiras (ANDIF).

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNCB), no ano passado, 76 % das famílias endividadas no Brasil se concentraram na Região Sul. Este é maior número de endividamento do país.

Endividamento é o que acontece, por exemplo, com o corretor de seguros Edson Bitar de Souza, 48 anos. Ele trabalhava em um Banco e chegou a ter quase toda a renda comprometida com dívidas de crédito. Segundo ele, somente após controlar os gastos e renegociar as dívidas, é que a situação financeira mudou.

O endividamento do brasileiro também é reflexo da desaceleração da economia, nos últimos meses. É o que acredita o economista Felipe Miranda. Ele coloca em dúvida a tática de retomada econômica por meio do incentivo ao consumo, como acaba de anunciar o governo.

Com intuito de estimular a economia, o Banco Central anunciou mudanças no recolhimento compulsório dos Bancos. O objetivo é liberar R$ 30 bilhões para forçar crédito e estimular a economia, mas o especialista defende um novo modelo econômico.

De acordo com o Ministério do Planejamento, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 2,5 % para 1,8 %. O PIB serve para medir a evolução da economia, ou seja, representa a soma de todas as riquezas em bens e serviços produzidos do país.

Mesmo com problemas na economia, o Banco Central estima que o país deverá crescer 1,6 % este ano.

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