Estudantes da Escola Municipal Dalila Litaiff, de Juruá, Interior do Amazonas, cobraram, nessa segunda-feira (17), os direitos básicos relacionados à Saúde e Educação.
Eles fizeram uma manifestação em frente ao colégio onde estudam. Esta é a primeira vez que alunos do município se reúnem para fazer esse tipo de reivindicação.
Liderados por uma estudante do 5º ano, eles pediam à direção do colégio providências sobre os problemas que vêm enfrentando nos últimos meses.
“Nós só queremos estudar, mas não podemos com a escola desse jeito!” Segundo os estudantes, os banheiros do educandário estão são sem portas, falta papel higiênico, a água do bebedouro é quente, faz muito calor nas salas de aula, a merenda é horrível e o ginásio está há dois anos em reforma, reclamaram.
Após quarenta minutos de manifestação, os alunos conseguiram uma reunião com o Secretário da Educação do municípios, Zilmar Bezerra, e o vice- prefeito Raimundo Damasceno, que, de acordo com os manifestantes, classificaram a manifestação como um ato de vandalismo.
Conforme o secretário, a escola está em más condições desde a administração anterior e a reforma está programada para dezembro. “Os alunos querem uma resposta imediata e isso não podemos fazer!”, afirmou.
Os estudantes rebatem a afirmação do secretário e dizem que a situação da escola ficou pior este ano. “A escola já vinha precisando de uma reforma, mas, este ano, tudo piorou! O que nós pedimos não é nenhum absurdo!
Um professor que preferiu não ter o nome divulgado concordou com a manifestação. Ele confirmou os problemas e disse que as impressoras da escola também não funcionam por falta de tinta e que a sala dos professores não dispõe de aparelho de ar condicionado. “A gente não pode falar por questões políticas, Por causa disso, somos perseguidos. Mas a verdade é que a escola está em calamidade. Nós pagamos para imprimir as provas dos alunos, porque as impressoras da escola estão sem tinta”, afirmou o professor.
Após a reunião na escola, os estudantes decidiram estender a manifestação para frente da sede da prefeitura, mas, até o momento, não obtiveram respostas.