Um grande espetáculo de cultura, história e arte marca as comemorações dos 345 anos de Manaus,  nesta sexta-feira (24). O Teatro Amazonas vai servir de cenário para uma verdadeira viagem no tempo com a apresentação da ópera “Os pastores do Amazonas”, do intelectual e dramaturgo amazonense Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha. A entrada é gratuita.

A homenagem ao grande poeta amazonense, 221 anos depois, é resultado de três anos de trabalho de pesquisadores e artistas vinculados à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com apoio de outros nomes importantes da cultura local, como Márcio Souza, presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura) e Roger Barbosa, que aceitou o desafio de dirigir a parte cênica do espetáculo.

A montagem desse drama pastoril, datada do século XVIII, é uma das obras cênicas brasileiras mais antigas de que se dispõe o texto integral e a mais antiga produzida por um artista local no campo do teatro musical. Trata-se de uma obra laudatória, em louvor ao nascimento da filha da rainha Dona Maria I.

A coreografia é assinada por Gabriela Dácio e traz em seu bailado a essência da dança no tempo de sua estreia, mas dialogando com a movimentação corporal contemporânea, permitindo que os bailarinos executem a coreografia de acordo com seu repertório gestual.

A composição de dança foi realizada em três etapas. Primeiramente foram organizados os mapas coreográficos indicando as entradas e saídas do elenco em cena.

Depois, foi criado um álbum de fotos com o repertório gestual a ser utilizado durante as cenas, incluindo posicionamento dos braços, pés e poses para homens, mulheres e cada casal. Por último, houve a junção dos movimentos e deslocamentos, elaborando células coreográficas que se combinam durante a música.