Entrada de produtos impróprios para consumo e perseguição a comerciantes de Tabatinga é denunciada, na ALE-AM

A comercialização de produtos impróprios para o consumo, vendidos sem nenhum escrúpulo, por comerciantes que estão invadindo o município de Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), colocam em risco a saúde de consumidores brasileiros.

A denúncia foi feita nesta quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Casa, deputado Marcos Rotta (PMDB).

De acordo com o parlamentar, os comerciantes peruanos e colombianos aproveitam a falta de fiscalização nas fronteiras para entrar com os produtos no Brasil e comercializá-los livremente, no Interior, sem nenhuma resistência das autoridades ou de órgãos da Vigilância Sanitária municipal ou estadual brasileira.

“O curioso é que os produtos estrangeiros adentram o solo brasileiro sem qualquer tipo de controle e fiscalização, mas nenhum produto brasileiro sai do país e chega ao Peru ou à Colômbia sem passar por uma intensa fiscalização”, afirma.

Segundo o peemedebista, a situação já está se transformando em problema de saúde pública. Ele aproveitou para cobrar aos governos Estadual e Federal, políticas públicas que evitem a entrada, permanência e venda desses produtos e que possam proteger o consumidor brasileiro.

Ele analisou que, enquanto os comerciantes de Tabatinga não podem comercializar produtos de origem colombiana peruana, os peruanos que estão em solo brasileiro comercializam livremente todo tipo de produto e alimento, sem qualquer tipo de controle e fiscalização”.

Segundo o deputado, os comerciantes estrangeiros estão tomando conta das ruas do centro de Tabatinga, com o objetivo de ocupar espaço para vender seus produtos. “Hoje existe uma invasão de empresários peruanos que estão adquirindo, em uma determinada localidade desse município, todos os comércios que lá existem. Há ruas em que existem 30 comerciantes, por exemplo, e apenas três são brasileiros. O restante é de peruanos.”

Marcos Rotta denunciou interesses criminosos na ocupação das áreas comerciais. “Existe uma organização por trás disso e, há, inclusive, um certo questionamento de que esta organização tem o financiamento dos chefes do tráfico de entorpecentes. Há a suspeita de que frutas e verduras que estão adentrando o nosso país, como a batata, por exemplo, estão recheados de cocaína. Nunca é demais lembrar que, pela fronteira de Tabatinga entram no Brasil aproximadamente 130 toneladas de drogas por ano e é inaceitável a forma precária ou quase inexistente de fiscalização por parte do governo brasileiro.

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