Empresário preso por roubo em Iranduba já tinha assaltado outros 29 Bancos no Nordeste, afirma PC

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O empresário cearense Herculano Martins Alves, de 39 anos, conhecido como “Padeiro”, um dos seis envolvidos em um roubo a uma agência bancária do município de Iranduba, distante 27 quilômetros de Manaus, é contumaz na prática de roubos às agências bancárias e também possui passagens por outros crimes. Foi o que disse, nesta segunda-feira (30), o delegado em exercício da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), Denis Pinho.

O bandido foi apresentado pela manhã, em coletiva de imprensa, na Delegacia Geral (DG). De acordo com o delegado, Herculano foi capturado no dia 5 de setembro, no município de Morada Nova, no Interior do Ceará, por policiais civis do Estado, no município de Morada Nova, onde ele residia e tinha uma padaria.

Segundo o delegado, além de Herculano, outros quatro indivíduos foram presos pela polícia. Durante a coletiva, Denis Pinho informou que ele desembarcou em Manaus na madrugada da última sexta-feira (27), por volta de meia-noite e meia, no aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

“Em 2010, Herculano foi preso no Ceará, por fazer parte de uma quadrilha que cometeu 29 roubos a Bancos, na Região Nordeste. Ele também tem passagens por receptação e porte ilegal de arma de fogo”, informou o delegado.

O assaltante foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedido no dia 12 de agosto deste ano, pelo juiz da 1ª Vara de Iranduba, Josenildo Dourado do Nascimento. Ele foi indiciado por roubo majorado e sequestro; após os procedimentos legais, será encaminhado à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O assalto em Iranduba

De acordo com o delegado, Denis Pinho, antes de cometer o roubo à agência bancária de Iranduba, no dia 29 de maio deste ano, Herculano e cinco comparsas sequestraram dois funcionários no dia anterior ao crime.

“Eles já vinham monitorando a rotina do banco há duas semanas, quando na noite do dia 28 de maio, sequestraram o gerente e o vigilante da unidade, após o expediente. Em seguida, a quadrilha foi para a residência do gerente, situada no bairro Nova Cidade, zona Norte de Manaus, onde também fizeram os familiares dele reféns, até o dia seguinte, quando efetuaram o roubo”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com Pinho, na manhã do crime, quatro integrantes da quadrilha levaram o gerente e o vigilante ao banco, em Iranduba, utilizando o carro do bancário. No local, os infratores sacaram o valor de R$ 375 mil e fizeram outros funcionários e clientes reféns.

“Durante a fuga, os infratores utilizaram novamente o carro do gerente e, em seguida, atearam fogo ao automóvel. Herculano e outro comparsa permaneceram no imóvel, no bairro Nova Cidade, efetuando ameaças contra a família do gerente”, informou o delegado.

Após o ocorrido, a equipe da Derfd, em conjunto com policiais da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba iniciaram as investigações, e em parceria com policiais civis do Ceará efetuaram, simultaneamente, a prisão de quatro envolvidos no dia 20 de julho deste ano.

Segundo Pinho, foram presos, em Manaus, Rosivaldo Ferreira Barros, 36, o “Magrelo” e Iran Santana da Silva, 40, enquanto a prisão de Pedro Gomes da Silva Filho, 54, o “Pedro das Vacas”, apontado como líder da quadrilha, e Lerivelton Maia Silva, 47, ocorreu, respectivamente, nos municípios cearenses de Itaitinga e Quixadá. O sexto envolvido no crime, apesar de já ter sido identificado, ainda não foi capturado pela polícia.

“A quadrilha agia em diferentes estados do País, entre eles Amazonas, Ceará, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte”, afirmou a autoridade policial.

No decorrer da coletiva, Herculano confirmou participação no crime, mas se disse arrependido. “Eu vim visitar um irmão que mora em Manaus, quando o Lerivelton me convidou para participar do roubo. Fiquei com a quantia de R$ 25 mil que utilizei com bebidas, prostitutas e de outras ‘maneiras erradas’. Eu confessei minha participação e sou ciente do que fiz. Estou profundamente arrependido”, disse o infrator.

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