Milhares de pessoas voltaram a ser prejudicadas e ficaram sem poder voltar para casa, na noite dessa quinta-feira (23), por causa da suspensão do serviço de várias linhas de ônibus em Manaus.
Já atingida por nove paralisações da categoria dos motoristas e cobradores, nessa quinta, trabalhadores e estudantes voltaram a ficar sem o serviço, dessa vez por uma decisão dos empresários do setor, que, sem uma justificativa, decidiram retirar os veículos das ruas.
Para poder chegar às suas residências, muita gente teve de recorrer a caronas solidárias de donos de carros que ainda estavam nas ruas e, logicamente, aos serviços dos mototaxistas.
Irritada, a população “tocou fogo” em dois ônibus nas zonas Leste e Oeste da capital. A Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos e evitar o pior.
A responsabilidade sobre a queima dos ônibus já está sendo apurada. O Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos do Estado do Amazonas (Sinetram) e a Prefeitura de Manaus
Nesta manhã, em entrevista à Rede Tiradentes, o assessor jurídico do Sinetram, advogado Fernando Borges, disse que houve “um cenário de crise” que levou pânicos aos operadores, levando-os a recolher os veículos. Ele acusou o governo de não atender os apelos dos empresários, que teriam buscado o auxílio da PM sem uma resposta positiva, por isso, foram obrigados a retirar os ônibus das ruas.
Segundo Fernando Borges, quatro carros do sistema foram atacados. A decisão das empresas de retirar os ônibus das ruas, segundo ele, foi motivada pela necessidade de resguardar o patrimônio das empresas.
No final da manhã, a Secretaria da Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) convocou coletiva de imprensa para falar sobre as ocorrências do transporte coletivo e apresentação do suspeito de tentar incendiar um dos ônibus.