Parte da Rua dos Barés já esta ocupada pela água. Motoristas são obrigados a reduzir a velocidade para passar no local. Mas segundo o comerciante Ricardo Nunes, além e aguentar o mau cheiro, os donos das lojas do setor são obrigados a conviver com a falta de respeito de muitos condutores que passam pela rua com velocidade, espalhando lama e dejetos pelas calçadas e até dentro dos estabelecimentos.

Há 40 anos com um comércio na Rua Barão de São Domingos, o comerciante Enoch Ferreira disse que já está preparado para a subida das águas. Ele conta que toda a mercadoria está alojada em cima de paletes, para evitar o contato com a sujeira. O espaço da loja também foi ampliado, para armazenar a mercadoria com segurança. Mesmo tomando todas as medidas para evitar problemas, ele não acredita em uma grande cheia, este ano.

Equipes de fiscais da Vigilância Sanitária de Manaus (Visa Manaus) já iniciaram a entrega das notificações aos proprietários de estabelecimentos do comércio varejista e atacadista, localizados na área do Porto da Manaus Moderna.

Segundo o fiscal Washington Brito, as notificações têm caráter preventivo e servem de alerta aos proprietários e gerentes de casas comerciais que armazenam e vendem produtos como arroz, feijão, farinha, além de enlatados, para que possam adotar procedimentos imediatos, em virtude da subida do nível das águas do rio Negro, reduzindo assim o risco de contaminação dos produtos colocados à venda para população.

Situação de Emergência

O prefeito Artur Neto assinou decreto declarando Situação de Emergência por um prazo de 180 dias, em áreas urbanas e rurais de Manaus, atingidas pela enchente do Rio Negro e reflexos da enchente no Solimões. O decreto municipal acompanha relatório técnico da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil. O documento ainda precisa ser reconhecido pela Defesa Civil do Estado.