Consultor Tributário Thomaz Nogueira afirma que futuro ministro de Bolsonaro é ameaça para a Zona Franca de Manaus

O consultor tributário, ex-secretário do Planejamento do Amazonas e ex-superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, manifestou, nesta terça-feira, extrema preocupação com a situação da Zona Franca de Manaus (ZFM) no futuro governo federal, que, ao que tudo indica, terá no comando da economia do candidato Jair Bolsonaro (PSL) um homem ligado ao liberalismo econômico, o economista e banqueiro Paulo Guedes.

Nesta terça-feira, em entrevista à Rede Tiradentes, Nogueira afirmou que o futuro ministro tem declarado que pretende abrir ainda mais o país para a exportação, o que, alerta, é fatal para ZFM e para os empregos gerados pelo modelo, que chegou a ter mais 130 mil vagas de trabalho no Pólo Industrial de Manaus (PIM), mas que, hoje,  atravessa uma crise com crescente redução dos postos.

Segundo Thomaz Nogueira, que acompanha os posicionamentos do futuro ministro, Paulo Guedes sempre foi um crítico “feroz” de todos os governos da democratização e dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, e não percebe o atual estágio da economia brasileira.

Conforme Thomaz, Paulo Guedes é egresso da escola econômica de Chicago, que, segundo Nogueira, “é o berço do liberalismo mundial!”, Ele citou com o exemplo as decisões do comando econômico do governo Argentino, que levaram o país à atual crise.

Para Thomaz Nogueira, o grande problema da ZFM é a China, cujos produtos avançam em todos os mercados do mundo.

O consultor tributário sai em Defesa do modelo, que gera empregos e renda para a população de Manaus e do Amazonas e afirma: “Para uma região como a nossa, isso só é possível com a concessão de benefícios ficais!”

Com a redução do Imposto Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação (II),  uma das idéias de Paulo Guedes, “vamos ter uma fortíssima competição dos importados”, alerta Thomaz Nogueira, que prevê “momentos muitos difíceis para a Zona Franca de Manaus.”

O consultor lembrou a importância da prorrogação da ZFM durante os últimos governos e disse que as amazonenses precisam se reunir urgentemente e debater alternativas à Zona Franca.

“Hoje, no mundo inteiro, os países perguntam o que fazer para proteger as suas economias! É preciso proteger o emprego, porque o PIM é o motor da nossa economia e os amazonenses não estão se posicionando. A sociedade está indo no caminho equivocado!”, alerta.

E conclui: “Se você mexe no IPI e no Imposto de Exportação, você quebra a Zona Franca de Manaus! É preciso pensar no impacto dessas propostas e temos de estar preparados para o dia primeiro de janeiro de 2019.”

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