Delegados do DRCO ouvem cantor carioca denunciado por fazer apologia ao crime durante apresentação na capital


O cantor carioca Wagner Domingues Costa, de 48 anos, o “Mr. Catra”, acusado de fazer apologia ao crime organizado, por meio de um funk gravado durante uma apresentação em uma casa noturna da capital, negou, nesta segunda-feira (23), em Manaus, a intenção de transgredir a lei. No funk, “Mr Catra” exaltava traficantes do bairro Compensa, que integram uma facção criminosa com atuação no Estado.

Segundo o cantor, ele teria feito o funk a pedido de fãs, não conhece a facção criminosa, as pessoas citadas e nem o bairro mencionado na música.

As declarações foram feitas aos delegados Guilherme Torres e Paulo Benelli, diretor e diretor-adjunto, respectivamente, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas, como parte das investigações sobre o vídeo, que foi gravado em um aparelho celular e acabou viralizando nas redes sociais e repercutindo tanto em Manaus como em outras cidades do país.

“Mr. Catra” alegou que não tinha ciência de que a letra seria tratada como apologia à facção criminosa. O artista disse, ainda, que no dia em que o vídeo foi gravado, alguns fãs entregaram um papel para fazer um funk de improviso.

O cantor foi ouvido na base da Delegacia Especializada em Crimes contra o Turista (DECCT), situada nas dependências do Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, no bairro Tarumã, zona Oeste da cidade, logo após desembarcar, por volta das 13h30, para mais uma apresentação na cidade, na noite de hoje.

“Recebemos a informação de que cantor viria para Manaus participar de um show na noite de hoje. Então fomos até o aeroporto e aguardamos a chegada dele. Após o desembarque, efetuamos a notificação e o convidamos para prestar esclarecimentos na base da DECCT. Ele afirmou que não sabia que se tratava de uma organização criminosa, mesmo a letra enaltecendo a facção e incentivando o relacionamento de mulheres com membros da organização.”

“Mr. Catra” argumentou que apenas fez rimas de acordo com os papéis que passavam pra ele, com nomes anotados”, declarou Guilherme Torres.

O delegado Paulo Benelli destacou que os procedimentos em torno do caso serão remetidos à Justiça, que irá avaliar a conduta do cantor.

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