Crise no Polo de Componentes força mais uma empresa a fechar as portas no PIM

Com informações de Dora Tupinambá

14/01/13 – A crise no Polo de Componentes volta a fazer vítimas entre empresas e trabalhadores, no Polo Industrial de Manaus (PIM). Depois de mais de 20 anos, a Cisper da Amazônia fechou as portas e se mudou para o Rio de Janeiro.

A empresa, fabricante de moldes de vidro, deixa a Zona Franca em meio à crise que volta a ameaçar o modelo, com cerca de 100 trabalhadores desempregados.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal), Waldemir Santana, chama a atenção dos governos estadual e municipal para a necessidade de rever os critérios da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) para conter a invasão dos insumos comprados na China, e que estão desestabilizando cada vez mais o setor de componentes.

Waldemir Santana diz que também será necessário que a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) faça uma revisão no Processo Produtivo Básico (PPB), pré-requisito para concessão do incentivo fiscal do modelo Zona Franca, introduzindo mecanismo que sejam capazes de frear a importação e estimular a produção local de componentes.

De acordo com informações que constam nos indicadores do Pólo Industrial de Manaus, publicados no site da Suframa, a  Cisper da Amazônia se instalou na Zona Franca de Manaus em novembro de 1987. Até 2010, gerava 219 empregos diretos.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Suframa, a autarquia não foi comunicada pela direção da Cisper sobre o fechamento da fábrica em Manaus. Segundo a assessoria, a empresa não é obrigada a informar a Suframa sobre o fechamento.

A reportagem da CBN tentou conto com o dirigente da Cisper da Amazônia, em Manaus, Randolfo Mendonça, pelos telefones 2101-4300/3613-1287, mas as ligações não foram atendidas.

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