COMPAJ: magistrado desaprova revista sem autorização da Justiça, mas afirma que presos provisórios são mais que o tolerável, no AM

MEMBROS DO CONSELHO NACIONAL DE POLITICA CRIMINAL E PENITENCIAR
O resultado da revista nas dependências do regime fechado do Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ)ganhou as manchetes dos jornais nacionais e repercutiu em todo o país.

A operação inédita, em parceria com o Exército Brasileiro (EB), utilizou equipamentos especiais de varredura e descobriu, entre outras coisa, um túnel, telefones celulares, armas e drogas.

Minutos após a operação, a reportagem da Rede Tiradentes constatou que equipamentos eletrônicos voltaram a entrar no presídio.

Em uma enquete, a população da capital ficou indignada com a realidade do presídio, que privilegia alguns detentos com celas de luxo, com o consentimento da Justiça.

No Fórum Henoch Reis, a diretora da Vara de Execuções Penais (VEP) informou que o juiz titular Luiz Carlos Valois está viajando. A resposta do juiz veio apenas pelas mídias sociais, por meio do perfil dele, no Facebook. Segundo Valois, ele “faz apenas o trabalho dele, que é baseado na lei, e que visa assegurar o direito dos presos”.

Ainda nesta quinta-feira, outro magistrado, o presidente do Grupo de Monitoramento Carcerário (GMC), desembargador Sabino da Silva Marques, afirmou, em entrevista exclusiva, que reconhece o sucesso da operação de revista, mas desaprovou a forma como a Secretaria da Segurança Pública (SSP-AM) a conduziu, sem fazer a devida comunicação oficial à Justiça estadual.

O desembargador destacou, ainda, que a população carcerária do Amazonas é de quase 8 mil presos e que 60% são presos provisórios, quando o tolerável é 40%.

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