Com frota de ônibus sucateada, transporte coletivo de Manaus pode entrar em colapso antes da virada do ano, deixando usuários ‘a ver navios’

 

Ônibus sucateados, cadeiras de macarrão soltas e pneus completamente carecas. O pior é que, se houver um acidente, o usuário não terá direito a nenhum tipo de ressarcimento, já que o seguro obrigatório deixou de ser pago há anos, situação que vem se agravando e, só agora, começou a ser combatida pelas operações do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), para tirar esses ônibus de circulação.

Cerca de 40 veículos já foram tirados das vias nas últimas semanas, número que poderia ser bem maior, se não fosse a dificuldade de espaço aliada à preocupação com a escassez de ônibus que seria imposta a população.

Segundo o diretor-presidente do Detran-AM, Vinícius Diniz, mais da metade da frota do Amazonas está ilegal.

A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional do Amazonas (OAB-AM) tem acompanhado de perto as ações e atestado a legalidade.

O advogado Alan Fonseca afirma que é preocupante que as empresas sequer paguem o seguro obrigatório.

A atual administração do Detran-AM já alertou que não vai compactuar com as antigas irregularidades, principalmente as que dizem respeito às empresas do transporte coletivo e seus veículos.

O Sindicato dos Empresários de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) esclarece que havia isenção até o mês de janeiro, quando o Estado decidiu cortar o subsídio, porém a planilha de custos do sistema já estava fechada.

De acordo com o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, as isenções visavam reduzir o custo da tarifa para o usuário, sem nenhum repasse de recursos às empresas.

Segundo Borges, hoje, nenhuma das concessionárias têm como pagar essa conta. Uma queda de braço que, até agora, só tem um prejudicado: o usuário.

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