Estudo busca ferramentas para bloquear infecção da malária

Um estudo desenvolvido com recursos do Programa Universal Amazonas do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeam) pretende caracterizar a resposta dos mosquitos infectados pelo Plasmodium, gênero de parasitas causadores da malária, para bloquear a transmissão da doença aos humanos.

Segundo o coordenador do projeto de pesquisa, Henrique Silveira, o objetivo é conhecer como o mosquito interage com a parasite e controla a infecção. “Esta informação será valiosa para o desenho de ferramentas que possam controlar o desenvolvimento do parasita no mosquito e deste modo, bloquear a transmissão aos humanos”, disse Silveira.

Segundo o pesquisador, durante o estudo a intenção é analisar os genes do mosquito que são expressos durante a infecção por Plasmodium vivax – uma das cinco espécies de parasitas da malária que contaminam o ser humano.

O projeto de pesquisa é desenvolvido em parceria com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, de Portugal.

De acordo com Henrique Silveira, ao longo do estudo, os mosquitos são infectados, experimentalmente, e depois são dissecados utilizando uma lupa e agulhas de disseção para coletar o material biológico e caracterizar os genes associados à infecção.

Após esta fase, inicia-se a validação funcional dos genes identificados, ou seja, os pesquisadores verificam se há intervenção nos genes para analisar como eles irão agir ao longo da infecção.

Segundo ele, o estudo contribuirá no combate da doença mundialmente uma vez que ao utilizar mosquitos e parasitas locais, a pesquisa tratará com especificidades da região que podem ser determinantes para a luta “anti-malária” em zonas onde há mais riscos da doença, como na Amazônia.

“Projetos com interesse local e com qualidade mundial são importantes para que os cientistas que trabalham nas instituições do Amazonas possam ter visibilidade nacional e internacionalmente. A Fapeam tem contribuído com a formação contínua de estudantes e com o avanço da Ciência e Tecnologia no Estado. Isto é fundamental para o desenvolvimento da nossa região”, disse o Henrique Silveira.

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