Bancas de camelôs são recicladas e servem como placas de sinalização e lixeiras comunitárias

As bancas que eram utilizadas pelos camelôs cadastrados no projeto “Viva Centro Galerias Populares” estão ganhando novo formato e uma utilidade diferente. O trabalho integrado da Prefeitura de Manaus tem transformado esse material, retirado dos camelódromos provisórios das avenidas Epaminondas e Floriano Peixoto, no Centro, em placas de sinalização e lixeiras para equipar bairros e comunidades rurais.

De 2014 para cá, a Subsecretaria do Centro Histórico (Subsemch) já enviou 957 bancas para a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), dando origem a mais de 400 lixeiras comunitárias e 500 placas educativas, produzidas e instaladas até janeiro deste ano.

“Uma das diretrizes da gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto é a sustentabilidade de nossas ações e reaproveitamento de materiais. Essas lixeiras são utilizadas no trabalho de desarticulação e recuperação de pontos que vinham sendo usados como lixeiras viciadas”, explicou o subsecretário operacional da Semulsp, José Rebouças. Além de instalar os equipamentos para uso dos moradores, a prefeitura também implanta jardins para inibir a volta do ponto de lixo.

As últimas bancas, que ainda ocupavam o camelódromo provisório Floriano Peixoto 1, no centro de Manaus, foram entregues nesta terça-feira, 20/2, na sede da Semulsp.

Foram liberados mais 67 boxes e, nos próximos meses, a perspectiva é o envio de mais 400 bancas, conforme cronograma de ampliação das segunda e terceira etapa da Galeria dos Remédios.

“Nesse projeto, todos saem ganhando. A cidade ganha novos equipamentos e deixamos de jogar na natureza esse material”, lembrou o coordenador do Grupo de Trabalho de Revitalização do Centro Histórico, Rafael Assayag, que acompanhou a produção de uma das novas lixeiras comunitárias e que, após finalizada, será instalada na saída do beco Tapajós, localizado na rua Tapajós, Centro, zona Sul.

Produção

Pelo menos quatro equipes da Semulsp estão envolvidas no trabalho de produção das placas e lixeiras, desde a reciclagem e produção das peças até a instalação nas ruas da cidade. Primeiro, há a desmontagem dos boxes, quando se aproveitam placas e pedaços de ferro, alumínio, grades e lonas.

Oito trabalhadores fazem a produção dos equipamentos novos e, depois disso, entram em campo as equipes de limpeza dos pontos de lixo, conscientização da população e implantação das lixeiras.

“A Semulsp trabalha, diariamente, nas comunidades a conscientização sobre separação e reciclagem de resíduos. Transformar essas bancas em placas de sinalização é uma maneira de a prefeitura continuar dando o exemplo para a população, além de reduzir o volume de lixo a ser enviado ao Aterro Sanitário”, destacou o subsecretário José Rebouças.

Camelódromos

Com a desativação do Camelódromo Floriano Peixoto 1, no Centro, cujos trabalhadores foram todos alocados no Shopping Phelippe Daou, zona Leste, somente o camelódromo da avenida Epaminondas, que também tem entrada pela rua Lobo D’Almada, ficará funcionando como provisório.

No local, 94 ex-camelôs aguardam a inauguração da segunda e terceira etapas da Galeria dos Remédios, na rua Miranda Leão, que juntas vão receber mais 350 novos empreendedores cadastrados no projeto. Assim que receberem suas novas lojas, as bancas desses trabalhadores também vão ser descartadas, para reutilização.

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