A reunião, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), com representantes de empresas de transporte coletivo e órgãos de Segurança, foi para apresentar uma suposta diminuição no número de assaltos a ônibus no mês de setembro deste ano, comparado com o do ano passado.
Para o secretário da Segurança Pública, Carlos Alberto de Andrade, as ações estão surtindo o efeito desejado. De acordo com ele, foram 219 assaltos a ônibus desde 1º de setembro até agora, contra 252 no mesmo período do ano passado.
repórter – “O senhor acredita que é um número baixo?
Secretário Carlos Alberto de Andrade – “Não é que seja um número baixo. É o início de um projeto que se mostrou como viável em relação ao que nós estávamos fazendo anteriormente.”
O diretor financeiro do Sindicato das Empresas de Transportes Especiais, Gabriel Enock, é um dos que discordam dos dados divulgados pela SSP-AM.
“A gente não vê a queda. A gente vê a mesma coisa. Não está mudando! A gente vê que a audácia dos bandidos é cada vez maior! Essa madrugada, foram duas tentativas de homicídio, não foi nem roubo, foi homicídio. E isso causa medo, terror, causa pânico aos trabalhadores!”
O secretário da Segurança Pública destacou que, para cada solução cogitada, existem efeitos colaterais que acabam impedindo de colocá-las em prática.
“Policial à paisana dentro de um ônibus. Pode haver um combate entre um policial e alguém que entre para roubar esse ônibus estando armado. E se, em decorrência disso, um terceiro – um passageiro – vier a ser alvejado e for a óbito/ Nós teremos uma gravidade maior do que fosse somente o roubo. As empresas propõem o fim do dinheiro dentro dos ônibus, o que ameaça os empregos dos cobradores, o que já contraria os interesses dos trabalhadores e do sindicato.”
Agora é aguardar que o diálogo se transforme em ações concretas para diminuir a criminalidade nos coletivos da capital, redução esperada pelos empresários e pelos usuários dos serviços .