Após mandados de prisão para a diretoria, Sinetram diz que ônibus voltam a circular nas ruas da capital

Após mais de 10 horas de paralisação em toda a frota do transporte público de Manaus, a diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou na tarde desta terça (17) que linhas de ônibus voltaram a funcionar, mas que por conta de problemas de efetivo, a frota normal ainda não pode ser retomada

A liberação aconteceu às 16h50, depois que o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM-RR) decretou a prisão de membros da diretoria do Sindicato dos Rodoviários de Manaus.

Segundo o Sinetram, foram liberados apenas 30 ônibus da empresa Via Verde, 40 da Açaí e mais 20 ônibus da empresa Expresso Coroado.

A greve desobedeceu a decisão da juíza do Trabalho, Eliane Leite Correa, que manteve a circulação de 100% da frota do transporte coletivo, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, se houvesse descumprimento. Os rodoviários paralisaram toda a frota de 1,4 mil ônibus de 220 linhas.

PRISÃO

Foram emitidos mandados de prisão para o presidente do sindicato, Givancir de Oliveira; para o vice, Josildo de Oliveira Silva; e outros membros da diretoria: Elcio Campos Rêgo, João Batista Rodrigues do Nascimento, Jaildo de Oliveira Silva e Josenildo de Oliveira e Silva. O pedido foi feito pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Procon do Amazonas

Em decisão, o juiz plantonista do Tribunal Regional do Trabalho da 11º Região, Adilson Maciel Dantas, informou que não existe comprovação de que a população tenha sido avisada com antecedência, conforme determina a Lei nº 7.783/1989.

Pelo descumprimento, o Sindicato dos Rodoviários poderá ser multado em até R$ 50 mil por dia de paralisação. O juiz estabeleceu ainda o uso de forças policiais para cumprir a liminar. Entretanto, nesta manhã, não houve movimentação nesse sentido.

Além do Sinetram, a Prefeitura de Manaus – por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM) – também entrou com ação no TRT para impedir a paralisação geral dos serviços de transporte público. O pedido foi acatado pela Juíza do Trabalho, Eliane Leite Correa, que determinou pagamento de multa diária de R$ 100 mil para cada dia de paralisação.

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