Após 12 anos, Senado garante indenização e pensão vitalícia a soldados da borracha

Por unanimidade, o plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (23), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante uma indenização de R$ 25 mil para os ex-seringueiros que chegaram à Amazônia, na década de 1940 e o pagamento de pensão vitalícia de dois salários mínimos. Os benefícios serão pagos para todos que estão vivos e aos dependentes dos que já morreram. A matéria, que foi votada em dois turnos, segue para a promulgação, pelo Congresso Nacional.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) original foi apresentada em 2002, pela então deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), atual senadora. Na época, ela queria igualar a pensão dos chamados Soldados da Borracha aos ex-pracinhas que combateram na 2ª Guerra Mundial.

A parlamentar lembrou que os cerca de 60 mil trabalhadores nordestinos chegaram à Amazônia convocados pelo governo federal, num esforço de guerra, a fim de abastecer a indústria bélica norte-americana contra os nazistas. Cerca de 20 mil perderam as vidas na floresta, a maioria vítimas de doenças tropicais e ataques de animais silvestres.

Segundo a senadora, somente agora foi possível chegar a um acordo com a área econômica do governo federal que concordou com a indenização aprovada.

Atualmente existem pouco mais de 6 mil soldados da borracha vivos. Somado aos dependentes, hoje recebem pensão 12 mil pensionistas. O Acre é o Estado com o maior número (3.929), seguidos do Amazonas (1.079), Rondônia (783) e Pará (759). Os ex-seringueiros possuem mais de 90 anos.

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