Ambulatório Pediátrico do Polo de Telemedicina contribuirá para reduzir mortalidade infantil no AM

Teleconsultoria, consultas médicas e capacitação à distância, que deverão beneficiar principalmente a população do Interior do Estado, podem ser realizadas, desde esta quarta-feira (23), por meio do Ambulatório Virtual do Recém-Nascido Canguru, inaugurado pela manhã, pelo Governo do Estado. A iniciativa é resultado de uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A base física do Ambulatório Virtual é o Polo de Telemedicina da UEA, na Cachoeirinha, zona Centro Sul de Manaus.

O objetivo principal do projeto, conforme explica o secretário estadual da Saúde, Wilson Alecrim, é contribuir para a redução da mortalidade infantil.

Com o novo serviço, o Programa de Telessaúde Amazonas já acumula 18 especialidades disponíveis à população do interior, segundo o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa. Ele explicou que, embora a telepediatria já estivesse presente no Interior do Estado, a abrangência era menor. Agora, com essa parceria com a Susam, o serviço estará disponível nos 61 municípios do interior e contará com a participação de professores e residentes da especialidade, o que ampliará a oferta de atendimento.

A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Katherine Benevides, destacou que o foco serão bebês prematuros e com baixo-peso (até 2,5 quilos). “A partir do ambulatório, os médicos clínicos-gerais do interior poderão encaminhar aos especialistas atuantes na capital, se necessário, casos clínicos para discussão, consulta e avaliação via teleconferência. Assim, em caso de dúvidas, esses profissionais poderão ter uma segunda opinião, reforçando o diagnóstico”, afirmou.

De acordo com o pediatra e neonatologista Jefferson Pereira Guilherme, que participará do projeto na parte de teleconsultoria e palestras programadas para capacitação dos profissionais do interior, a novidade também propiciará a troca de experiências entre os médicos. “O projeto é importante para a redução da mortalidade infantil, já que, a cada três mortes que ocorrem entre bebês com menos de um ano (considerada a fase infantil), duas são no período neonatal, que vai de zero a 28 dias”, destacou. “Além da troca de experiências, o ambulatório também permitirá levar ao interior as diretrizes do Ministério da Saúde (MS), como as principais linhas de cuidados à primeira infância”, frisou.

O coordenador do Programa Nacional de Telessaúde Brasil Rede, do MS, no Amazonas, e diretor-presidente do Hospital Universitário Francisca Mendes, Pedro Elias de Souza, explicou que, hoje, todos os municípios do Amazonas têm condições de receber o programa, uma vez que cada um possui, pelo menos, um ponto de Telessaúde. Ele lembra que, além da pediatria, a cardiologia também tem sido bastante presente no Interior, a partir do núcleo de Telessaúde do hospital, e da oferta dos exames de Mapa, Holter e eletrocardiograma que são enviados via internet à capital, para serem avaliados e para a emissão de laudos, que retornam ao município de origem.

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