Amazonas tem projeto aprovado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos

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O projeto “Amazonas indígena sem racismo”, da Comissão do Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas, acaba de ser aprovado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, por meio do edital anual “Combate à violência institucional e à discriminação”. As Propostas foram escolhidas por meio de um rigoroso processo de seleção e receberão até R$ 40 mil. No total, serão doados R$ 800 mil para 21 projetos de todo Brasil, que serão contemplados com até R$ 40 mil, cada.

O projeto “Amazonas indígena sem racismo” visa enfrentar todo e qualquer tipo de racismo, preconceito e discriminação contra os povos indígenas, no Estado do Amazonas, por meio de capacitação, mobilização, informação e mitigação, tendo como protagonista principal a rede de professores, gestores de escolas, pais e lideranças indígenas que compõem o Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas.

Por meio do edital aberto em dezembro do ano passado, a fundação recebeu 626 propostas, submetidas a um amplo processo de seleção que incluiu triagem interna, análise da diretoria e de um comitê formado por especialistas em direitos humanos.

O Comitê de Seleção 2015 foi formado por Beth Cardoso, coordenadora do Programa Mulheres e Agroecologia em Rede do Centro de Tecnologias Alternativas Zona da Mata; Itamar Silva, diretor do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas); Joênia Carvalho Wapichana, assessora jurídica do CIR (Conselho Indígena de Roraima); Letícia Tura, diretora executiva da Fase Nacional; Mônica Oliveira, consultora e ex-diretora de Programas na Seppir (Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas); Renato Sérgio, vice-presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; e Rivane Arantes, advogada especializada em direitos humanos, educadora e pesquisadora do SOS Corpo.

Após a escolha feita pelo Comitê de Seleção, os projetos foram submetidos ao Conselho Curador do Fundo Brasil, em reunião realizada na sede da fundação no dia 24 de junho. Segundo Ana Valéria Araújo, coordenadora executiva do Fundo Brasil, o trabalho do Comitê de Seleção faz a diferença na escolha dos projetos. “Pessoas do campo trazem sua expertise e isso faz com que o Fundo Brasil mais acerte do que erre”, disse.

Fundo Brasil

O Fundo Brasil funciona como ponte entre as organizações e os investidores, captando recursos e selecionando os projetos de maior impacto em todo o país por meio de uma seleção rigorosa. Também oferece um novo modelo de investimento social, com o objetivo de fortalecer a autonomia das organizações da sociedade civil. Além do apoio financeiro, oferece monitoramento e capacitação.

Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 11,7 milhões a organizações de direitos humanos por meio de nove editais anuais e cinco temáticos. São cerca de 300 projetos apoiados, 17 oficinas de treinamento para representantes de organizações, 100 visitas in loco a projetos apoiados, 22 seminários, shows e outros eventos, sete campanhas e 21 produtos de comunicação.

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