Amazonas fica de fora do aumento na tarifa de energia elétrica, diz Eletrobras

A notícia, é claro, não é esperada pelos usuários amazonenses e carece do efeito prático, quando o consumidor poderá confirmar na conta de consumo, no final do mês, mas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), deliberou na última sexta-feira (27), a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de 58 concessionárias de distribuição. O efeito médio a ser percebido pelos consumidores dessas empresas, ponderado pela receita das distribuidoras, é de 23,4%.

De acordo com os dados, o Estado do Amazonas não terá reajuste por não participar do rateio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e por ter impacto limitado da compra de energia.

A Eletrobras Amazonas Energia está interligada experimentalmente ao Sistema Interligado Nacional (SIN), portanto o sistema elétrico do Amazonas ainda é considerado isolado.

O último reajuste publicado Diário Oficial da União pela ANEEL no Amazonas foi em novembro de 2014, onde foi aplicado no estado o percentual de 18,62% de reajuste anual médio na tarifa de energia elétrica. O reajuste refletiu o impacto da forte estiagem que provocou o aumento do custo da geração da energia.

Bandeiras tarifárias

Com relação as bandeiras tarifárias, cabe ressaltar que o Amazonas não está inserido nessa metodologia de cobrança por ser considerado sistema isolado. Com as bandeiras, o consumidor pode identificar qual bandeira do mês e usar a energia elétrica de forma mais consciente, sem desperdício. As bandeiras tarifárias são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta, mas geralmente passa despercebido. Elas informam o custo mensal de geração da energia elétrica, dando ao consumidor a oportunidade de ajustar seu consumo.

A energia elétrica no Brasil é gerada predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas podem ser ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.

Por outro lado, quando há muita água armazenada, as térmicas podem ser menos utilizadas e o custo de geração é menor. Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre acréscimo. Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa tem acréscimo de R$ 2,50 (sem impostos) para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa tem acréscimo de R$ 5,50 (sem impostos) para cada 100 kWh consumidos.

Para as outras Distribuidoras de energia elétrica do país, o novo valor das bandeiras tarifárias passou a vigorar, hoje, segunda-feira (2).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *